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Política & Poder

Pazuello depõe à PF em inquérito que apura prevaricação

Irmãos Miranda, que denunciaram o caso, já foram ouvidos. Ministério cancelou contrato com a Covaxin

Redação Jornal de Brasília

29/07/2021 12h44

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello depôs à Polícia Federal em Brasília na manhã desta quinta-feira (29). Pazuello foi ouvido no âmbito do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no Caso Covaxin.

O general chegou à sede da PF por volta das 9h45. O inquérito deve ser concluído em 90 dias, mas há possibilidade de prorrogação. O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, também prestaram depoimento anteriormente.

Os irmãos Miranda foram quem denunciaram supostas fraudes na compra da vacina indiana contra a covid-19. Luis Miranda disse que informou a Bolsonaro sobre possíveis irregularidades. Caso as questões se confirmem e caso fique comprovado que o presidente não denunciou o caso, caracteriza-se o crime de prevaricação.

Ministério quebra contrato

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta quinta-feira (29) que o contrato com a Precisa Medicamentos para compra da vacina Covaxin foi cancelado. O país não recebeu nenhuma dose do imunizante indiano contra a covid.

Queiroga justifica o cancelamento porque as vacinas “não foram entregues do prazo estabelecido no contrato”. Levou-se em consideração ainda o fato de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação de apenas 4 milhões de doses da Covaxin, sob condições. “O número de doses que nós poderíamos importar era um número muito pequeno, que nada alteraria o curso do nosso programa nacional de imunização”, explicou o ministro.

O chefe do Ministério da Saúde citou também a rescisão entre a fabricante indiana Bharat Biotech e a representante brasileira Precisa Medicamentos. A Precisa era quem negociava com o Ministério. Alvo da CPI da Pandemia no senado, a empresa é suspeita de superfaturar os valores envolvidos na negociação.

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