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Política & Poder

Parlamentar ataca: “A OMS tem deixado o Brasil de lado”

Dr. Luizinho declarou que Organização Mundial de Saúde estaria privilegiando países que não vivem situação tão crítica quanto o Brasil

Willian Matos

14/04/2021 12h10

O comitê do governo federal de combate à covid-19 se reuniu novamente nesta quarta-feira (14) e concederam entrevista coletiva após o encontro. Nela, o deputado federal Dr. Luizinho, que substituiu o presidente da Câmara, Arthur Lira, na reunião, acusou a Organização Mundial de Saúde de deixar o Brasil de lado na distribuição de vacinas contra a doença.

Segundo Dr. Luizinho, é necessário “abrir os olhos da Organização Mundial de Saúde, que, no programa Covax Facility, tem deixado o Brasil de lado”. O Covax Facility é um consórcio criado pela OMS no ano passado para criar um fundo coletivo e distribuir imunizantes aos países participantes da iniciativa.

“A Organização Mundial de Saúde privilegiou países que não têm a pandemia e a circulação viral que o Brasil tem. A Organização Mundial de Saúde destinou doses em volume para a África e para o sudeste asiático para países que não estão acometidos como o Brasil em desproporção”, declarou o deputado.

Dr. Luizinho relembrou ainda que, “em 31 milhões de doses, somente dois milhões e meio de doses chegaram às Américas, e ao nosso país chegou cerca de 1 milhão de doses”. “Nós precisamos que a OMS entenda a relevância e a importância do acolhimento aos brasileiros”, completou o parlamentar.

Luizinho pediu ainda o apoio da imprensa na divulgação das tentativas que o Brasil tem feito de estreitamento de laços com agências e autoridades internacionais, como a antecipação de doses de vacina da Pfizer/BioNTech, anunciada hoje. O país comprou 100 milhões de doses do laboratório, cuja maioria só deve chegar no segundo semestre, mas conseguiu a antecipação de 15,5 milhões delas até junho.

Projeto para órfãos de vítimas da covid

O deputado falou também em criar um projeto voltado para crianças e adolescentes que perderam pais e/ou responsáveis para a covid-19. Dr. Luizinho, estima que há “cerca de 50 mil jovens” órfãos de pessoas que faleceram em decorrência do novo coronavírus. “O Brasil, infelizmente, pelo número de óbitos, nós temos aí cerca de 50 mil jovens — crianças e adolescentes — órfãos de pessoas que faleceram vítimas da covid, desde os seus pais até os seus avós, que, na grande maioria, são a renda de família”, comentou o deputado.

“Nós precisamos criar um programa efetivo de acolhimento a essas crianças e adolescentes”, cravou. “Em 20 anos, nós ainda sofreremos sequelas da covid, sejam elas psicológicas, sejam elas econômicas. Então, é fundamental olhar para essas crianças e adolescentes.”

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