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Política & Poder

Pacheco fala em pautar compra de vacinas pela iniciativa privada

Presidente do Senado falou em resistência por parte dos senadores, mas afirmou estar “trabalhando no diálogo”

Willian Matos

14/04/2021 11h03

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta quarta-feira (14) que estuda pautar na Casa a compra de vacinas contra a covid-19 por parte do setor privado.

Segundo Pacheco, já houve conversa sobre o tema com os demais senadores e a discussão foi “objetiva”, embora os senadores sejam, na visão dele, resistentes ao projeto de lei. “Reconheço muita resistência dos senadores em relação ao andamento do projeto, mas estamos trabalhando no diálogo no colégio de líderes para avaliar a oportunidade de pauta desse projeto no Senado Federal”, afirmou.

Pacheco frisou ainda que a Câmara dos Deputados já aprovou o projeto — a lei 14.125, de 10 de março de 2021. “Lembrando que a iniciativa privada já tem a autorização de aquisição de vacinas com a obrigatoriedade de fornecimento entregar dessa aquisição ao Sistema Único de Saúde, em obediência ao Plano Nacional de Imunização.”

Os pontos abordados por Pacheco foram discutidos na reunião do comitê contra a covid-19 do governo federal. O encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira (14). Participaram o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro e o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), representando o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Na reunião, discutiu-se ainda sobre leitos, residência de médicos e o cronograma de entrega de vacinas por parte dos institutos Butantan e Fiocruz. Segundo Pacheco, também entrou em pauta a utilização de parques industriais de produção animal para fabricação das vacinas contra a covid-19.

15,5 milhões de vacinas em dois meses

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Brasil deve ter 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech até o mês de junho. O Brasil já havia pedido no mês passado a antecipação das 100 milhões de doses adquiridas, cuja maioria deve chegar somente no segundo semestre.

A vacina da Pfizer já está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o país ainda não tem nenhuma dose. Em agosto de 2020, a empresa ofereceu 70 milhões de doses ao governo, mas o Executivo recusou. As doses chegariam ainda em 2020, o que poderia acelerar a imunização nacional.

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