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Política & Poder

Deputado quer criar app para acabar com confusão sobre aplicação de doses

Carteira de vacinação online daria mais transparência à utilização de doses por parte dos estados e municípios, avalia o parlamentar

Willian Matos

14/04/2021 11h32

Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados

Representando o presidente da Câmara, Arthur Lira, o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ) participou nesta quarta-feira (14) da reunião do comitê do governo federal de combate à covid-19. Luizinho levou à mesa a criação de uma carteira de vacinação online.

Na visão do deputado, o app seria útil “para que a gente acabe com esse delay e essa discussão” sobre os números de doses enviadas aos estados e municípios e o número de doses aplicadas por estes estados. Há discussões sobre algumas unidades da federação estar recebendo menos doses que outras; existe também questões sobre um estado receber doses e não aplicar devidamente.

Para Luizinho, o problema está diretamente ligado a um atraso nas informações. “O nosso sistema de informação infelizmente é muito ruim. Entre a dose aplicada e a dose informada, nós temos um delay de quase 15 dias […], o que dá à população uma insegurança do número de doses que efetivamente estão sendo aplicadas”, comentou o deputado.

A ideia inicial é que o próprio profissional de saúde que esteja aplicando a vacina utilize o app para confirmar a utilização da dose. A carteira de vacinação online também serviria para o cidadão vacinado. “Vamos acabar com essa distorção e, ao gerar isso, vamos gerar também o passaporte verde da imunidade, que hoje diversos países já estão pedindo”

O projeto deve ser votado na Câmara dos Deputados na semana que vem, afirmou o deputado. Se aprovado, seguirá para o Senado.

15,5 milhões de vacinas em dois meses

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou após a reunião que o Brasil deve ter 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech até o mês de junho. O Brasil já havia pedido no mês passado a antecipação das 100 milhões de doses adquiridas, cuja maioria deve chegar somente no segundo semestre.

A vacina da Pfizer já está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o país ainda não tem nenhuma dose. Em agosto de 2020, a empresa ofereceu 70 milhões de doses ao governo, mas o Executivo recusou. As doses chegariam ainda em 2020, o que poderia acelerar a imunização nacional.

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