Menu
Política & Poder

Novamente: Malafaia se joga na mira do STF

“Você quer ser preso em Mambucaba chorando ou quer ser preso com o povo na rua? Se você botar o povo na rua, eles vão pensar duas vezes…”

Redação Jornal de Brasília

18/03/2024 6h52

Foto: Agência Brasil

Durante entrevista ao canal “Na Lata” de Antônia Fontenelle no YouTube, o pastor e figura conhecida do cenário bolsonarista, Silas Malafaia, reafirmou ser o cérebro por trás da convocação de uma grande manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento ocorreu na famosa Avenida Paulista, em São Paulo, no último dia de fevereiro, reunindo um mar de apoiadores e diversas figuras políticas de peso.

Segundo Malafaia, a decisão de organizar o ato veio após perceber o abatimento do ex-presidente frente às investigações da Polícia Federal dirigidas a ele e a seus filhos, com especial atenção ao vereador Carlos Bolsonaro. Em um gesto de apoio, Malafaia teria telefonado para Bolsonaro, incentivando-o a se posicionar e convocar seus seguidores para uma demonstração pública de força.

A frase impactante de Malafaia durante a conversa revela a estratégia por trás da mobilização: “Você quer ser preso em Mambucaba chorando ou quer ser preso com o povo na rua? Se você botar o povo na rua, eles vão pensar duas vezes antes de te prender. E se isso acontecer, o negócio vai ficar feio.”

Prometendo suporte financeiro, Malafaia garantiu a realização do evento, marcado para o último domingo de fevereiro, contando com a presença de governadores alinhados com Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas de São Paulo e Ronaldo Caiado de Goiás. Além dos governadores, marcaram presença figuras como os deputados federais Gustavo Gayer, Nikolas Ferreira e Carla Zambelli; o senador Magno Malta e o ex-deputado federal João Roma.

Apesar do sucesso da manifestação em termos de adesão e da presença de importantes políticos apoiadores de Bolsonaro, membros do Supremo Tribunal Federal (STF) enfatizam que tais atos não têm o poder de influenciar decisões judiciais, inclusive a respeito de uma possível prisão do ex-presidente. Esta declaração sublinha a independência do judiciário e a irrelevância das pressões políticas em suas decisões.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado