O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, criticou veladamente nesta quarta-feira, 8, a composição da chapa entre o PT e o PCdoB.
“Tem um candidato que não vai ser candidato, um vice que vai ser o candidato e uma candidata a nada que será a vice. É uma estratégia complicada. Eu gosto das coisas mais diretas e objetivas”, afirmou, após participar de evento com presidenciáveis organizado pelo banco de investimento BTG Pactual.
Sem mencioná-los nominalmente, Meirelles se referia ao acordo que prevê que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for impedido de concorrer à Presidência, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad deixa a vice para a deputada gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB) e assume a cabeça da chapa.
Anteriormente, Ciro Gomes (PDT) havia feito crítica similar. Para o pedetista, a chapa é um “convite para o País dançar à beira do abismo” por causa da insegurança jurídica envolvida na manobra.
Meirelles ressaltou tanto no discurso quanto na entrevista que não será candidato nem do governo Lula nem do de Temer. “Sou Meirellista”, afirmou.
Ele disse que ainda que uma das vantagens do partido que o abriga é o fato de ele “não ter dono”.
“O MDB é um partido de líderes regionais e isto é bom, porque estimula a democracia”, afirmou em evento com presidenciáveis organizado pelo BTG Pactual. “Fui aclamado como candidato por 85% do partido na semana passada e isso é bom pois mostra que estamos unidos.”
O ex-ministro da Fazenda afirmou ainda que “tem certeza de que será eleito” em outubro. “As pesquisas qualitativas que fiz antes de sair da Fazenda para ser candidato mostram que meu potencial de votos é elevado quando as pessoas associam meu nome aos avanços do governo Lula”, disse.
Fonte: Estadao Conteudo