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Política & Poder

Médica propõe à CPI criação de uma frente nacional de enfrentamento à covid

Diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck participa da CPI da Pandemia nesta quinta (24)

Willian Matos

24/06/2021 11h19

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil e representante do Movimento Alerta, Jurema Werneck, disse em sessão da CPI da Pandemia nesta quinta-feira (24) que a comissão precisa criar e liderar uma frente nacional de enfrentamento à covid-19. A declaração contrasta com o alto número de mortes em decorrência da doença no país — já são 507.109 óbitos.

“É preciso criar uma frente nacional de enfrentamento à covid-19 no Brasil”, declara Jurema Werneck. Na visão da médica, o Senado precisa encabeçar este movimento, mas devem ser incluídos diversos grupos. “Essa frente nacional que a gente propõe é liderada pelo Senado, mas precisa necessariamente incluir todos os setores da sociedade”, afirma. “Todo mundo tem o dever e tem o que contribuir para salvar vidas no Brasil. Precisamos garantir, a partir dessa liderança, a implementação consistente das medidas não farmacológicas para redução da transmissão [do vírus].”

Jurema cita também que é preciso dar mais importância às pessoas que perderam a vida no Brasil por culpa da pandemia. Para isso, uma solução seria a “criação de um memorial das vidas perdidas para a covid”, propõe a médica. “É muito difícil o que a gente está passando, e a gente não está tendo tempo para chorar e honrar adequadamente nossos mortos”, opina.

“Esta CPI pode liderar esse processo, precisa criar um plano de responsabilização e reparação. Responsabilização daqueles que deixaram de fazer o que era necessário, deixaram de cumprir o seu dever, e também de reparação”, continua. “Falamos de reparações individuais às famílias, mas também de reparação coletiva. A sociedade brasileira precisa encontrar formas de reparar o dano que foi causado pelo descontrole da pandemia.”

Sobre vacinas, a médica ressaltou, em poucas palavras, a necessidade de imunização coletiva: “Não precisa a gente ficar nesse debate histérico se usa, se não usa [as vacinas]. Precisa usar. É para salvar vidas.”

Jurema fala à CPI nesta quinta ao lado do epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal. Eles devem tirar dúvidas dos senadores sobre a relevância das medidas não farmacológicas no enfrentamento da pandemia e mostrar dados coletados sobre mortes ocorridas por covid-19.

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