A equipe do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos deixará de responder pela defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Nesta terça-feira, todos os advogados vão sair do caso oficialmente. Eles não explicaram o motivo da decisão.
Cachoeira é acusado de liderar esquema de jogos ilegais e foi preso em fevereiro deste ano pela Polícia Federal, durante as investigações da Operação Monte Carlo. Nessa segunda-feira, a noiva do contraventor, Andressa Mendonça, foi detida acusada de tentar chantagear o juiz federal responsável pelo julgamento do processo que envolve Cachoeira na Justiça de Goiás.
Ao jornal Folha de S.Paulo, uma das advogadas integrantes da equipe, Dora Cavalcanti, afirmou que o acordo era participar da defesa até a audiência da semana passada. Na ocasião, o contraventor se recusou a responder as perguntas do juiz Alderico dos Santos. Durante o seu depoimento, usou o tempo de defesa para fazer declarações de amor a Andressa Mendonça, que acompanhava o depoimento na primeira fileira.
Enquanto comandou a defesa, Márcio Thomaz Bastos fez repetidos pedidos para libertar o contraventor e tentou anular as provas obtidas contra o cliente. O advogado também o acompanhou na ida à CPI que investiga as relações do grupo do contraventor com agentes públicos. Na ocasião, Cachoeira também ficou em silêncio.