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Política & Poder

Mandetta e Teich falam à CPI da Covid. Acompanhe ao vivo

Mandetta depõe primeiro. Às 14h, é a vez de Teich

Willian Matos

04/05/2021 10h05

Foto: Adriano Machado/Reuters

A CPI da Covid no Senado Federal ouve, nesta terça-feira (4), os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

Primeiro, às 10h, é Mandetta quem fala. O ex-ministro foi o primeiro a passar pela pasta durante o governo Bolsonaro e deixou a gestão após desentendimentos com o presidente da República.

Depois, Teich é quem depõe, em encontro marcado para 14h. Nelson ficou pouco mais de um mês no cargo e decidiu renunciar em seguida.

Acompanhe os depoimentos ao vivo:

Mandetta: “Nossas orientações eram verbalizadas por mim para combatermos teorias de que, por exemplo, cidades quentes não teriam problema. Eu alertava Manaus, Cuiabá. Tínhamos teoria de isolamento vertical, não era verdade. Nossas orientações foram assertivas. Pela ciência. Tivemos todas as nossas afirmações comprovadas no decorrer da doença.”

Renan: A recomendação de que pacientes deveriam buscar serviços de saúde apenas quando tivessem sintomas severos como falta de ar, o senhor considera adequada?

Mandetta: Isso não é verdade. Estávamos em janeiro, fevereiro. Havia pessoas com sensação de insegurança. Só fizemos transmissão comunitária depois de 24 de março. No momento de viroses, a orientação é observar, não aglomerar no hospital. É uma guerra de narrativas.

ARTICULAÇÃO COM ESTADOS E MUNICÍPIOS

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta foi questionado por Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, sobre a articulação do Ministério da Saúde com gestores locais no início da pandemia.

Mandetta destacou a criação da Centro de Operação de Emergência para a covid-19 e afirmou que o contato da Saúde era feito através dos conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde.

Renan aproveitou seu tempo para responder às críticas a seu plano de trabalho para a CPI. “Essa CPI não será nem do governo, nem da oposição. Vamos atrás dos fatos”.

MANDETTA: “NÃO HÁ RACIOCÍNIO INDIVIDUAL QUE PREVALEÇA AO RACIOCÍNIO COLETIVO’

Antes de responder aos questionamentos dos senadores, Luiz Henrique Mandetta fez considerações iniciais sobre seu tempo no Ministério da Saúde.

Mandetta detalhou as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde nos primeiros dias da pandemia do coronavírus. Destacou o contato frequente com a Organização Mundial de Saúde e lembrou o retorno de brasileiros de Wuhan.

“O vírus se tornou global. Não há raciocínio individual que prevaleça ao raciocício coletivo. Em 11 de março, a OMS reconhece a pandemia. Isso disparou uma corrida por insumos. Países ricos retêm insumos. Demandei reuniões com o STF, presidentes do Senado e Câmara, para dar ciência dos fatos. Procuradoria, TCU, para acompanhar as ações do Ministério. O vírus ataca a sociedade e levantei isso porque precisávamos de união.”

Mandetta afirmou que em sua atuação no Ministério a tomada de decisão se deu em cima de três pilares: “A defesa da vida, o SUS como meio para atingir e a ciência como meio de decisão.”

Quase uma hora após o início da CPI da Covid, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta é chamado à mesa para iniciar a oitiva. A pedido de senadores, ele terá 10 minutos de fala antes das perguntas.

A fala do ex-ministro começou com um breve histórico da pandemia, desde a chegada das primeiras informações sobre a identificação de casos de uma então nova doença na China. Ele também apontou as ações iniciais determinadas quando chefiava a pasta.

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