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Política & Poder

Major da PMDF preso pelo 8/1 pede soltura por sofrimento psicológico do filho

Apesar da apelação feita pelo major Alencar, a Procuradoria-Geral da República se manifestou a favor da manutenção da prisão preventiva

João Paulo Nunes

24/04/2024 9h09

Foto: Reprodução/TV Globo

O major da Polícia Militar do Distrito Federal, Flávio Silvestre Alencar solicitou sua soltura através da sua defesa, com argumento de “fatos novos” que inclui o seu filho de quatro anos.

Após a última decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a prisão preventiva do policial militar, a defesa diz que surgiram novos elementos, como o “intenso sofrimento psicológico de seu filho”, uma criança de 4 anos.

A defesa argumenta que Flávio “adotou uma atuação padrão para garantir a segurança do local no 8 de Janeiro e só chegou à Câmara dos Deputados quando o local já havia sido invadido — com efetivo de doze policiais sem munição adequada e com o objetivo de resgatar o comandante-geral, que estava ferido”.

Apesar da apelação feita pelo major Alencar, a Procuradoria-Geral da República se manifestou a favor da manutenção da prisão preventiva.

“Ainda que devidamente comprovado por meio de relatório psicológico o sofrimento do filho do denunciado não possui a capacidade de dirimir o risco que a liberdade de Flávio Silvestre representaria para o prosseguimento da investigação”, avaliou o procurador Paulo Gonet.

Por se tratar de um policial da ativa, a PGR acredita que se o major respondesse em liberdade, poderia atrapalhar o andamento das investigações.

Duas prisões

A primeira prisão de Alencar foi no dia 7 de fevereiro, após imagens mostrarem Flávio descer de um carro da PMDF e ordenar a retirada do Batalhão de Choque da lateral do Congresso Nacional, o que fez com que os vândalos adentrassem no STF.

Após ser solto, foi preso novamente em 23 de maio, na 12ª fase da Operação Lesa Pátria. As investigações da PF mostraram Flávio enviando em um grupo de PMs uma mensagem: “Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”, durante os atos antidemocráticos contra o resultado das eleições de 2022, em Brasília.

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