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Política & Poder

João Campos (PSB) tem 80% dos votos válidos e deve vencer em 1º turno no Recife, segundo Datafolha

Segundo lugar tem Gilson Machado (10%), seguido por Daniel Coelho (6%) e Dani Portela (4%)

Redação Jornal de Brasília

05/10/2024 18h53

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Prefeito do Recife, João Campos (PSB) durante entrevista à Folha na sede da prefeitura – Rodolfo Loepert – 19.jul.2023/Prefeitura do Recife

JOSÉ MATHEUS SANTOS
RECIFE, PE (FOLHAPRESS)

Pesquisa Datafolha para a Prefeitura do Recife, divulgada neste sábado (5), mostra João Campos (PSB) com 80% das intenções de votos válidos, o que lhe daria vitória no primeiro turno.

Há um empate técnico na segunda colocação. Gilson Machado (PL) tem 10% dos votos válidos, Daniel Coelho (PSD), 6%, e Dani Portela (PSOL), 4%.

Tecio Teles (Novo), Ludmila (UP) e Simone Fontana (PSTU) não atingiram 1% das intenções de votos válidos. Victor Assis (PCO) não foi mencionado. O candidato teve registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, mas ainda há possibilidade de recurso.

Com a proximidade das eleições, o Datafolha divulga as intenções de votos válidos dos eleitores, e não apenas os votos totais. Os votos válidos excluem os votos inválidos (em branco e nulos) e são os únicos considerados pela Justiça Eleitoral para calcular os resultados. Para conquistar o cargo de prefeito, os candidatos precisam obter 50% mais um dos votos válidos, e não totais.

O Datafolha entrevistou 1.684 eleitores no Recife nos dias 4 e 5 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e tem o protocolo PE-08828/2024 na Justiça Eleitoral.

VOTOS TOTAIS

Nos votos totais, João Campos está com 75% das intenções de voto. No levantamento divulgado na quinta (3), o atual prefeito marcava 74%. Houve variação dentro da margem de erro.
Gilson Machado tem 10% das intenções de voto, mesmo percentual da pesquisa anterior. Daniel Coelho manteve os 5%. Dani Portela tem 3% – no levantamento anterior, tinha 4%.
Tecio Teles, Ludmila e Simone Fontana não atingiram 1% das intenções de voto. Victor Assis não foi citado.

Disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum 4% dos entrevistados, e 2% responderam que não sabem em quem votariam.

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não fornece os nomes dos candidatos, João Campos tem 64% das intenções de voto -1% disse que votaria “no atual”.

Gilson Machado tem 8%, Daniel Coelho, 3%, e Dani Portela, 3%. Outras respostas somaram 9%, enquanto branco, nulo e nenhum são 4%. Outros 9% dos entrevistados disseram que não sabem em quem votariam.

Na pesquisa divulgada na quinta (3), João Campos tinha 62%, Gilson, 7%, Dani Portela, 4%, e Daniel Coelho, 2% na espontânea.

O atual prefeito liderou todas as pesquisas do Datafolha desde o início da campanha. Ele usou o período eleitoral para defender ações do seu primeiro mandato, sobretudo o aumento em vagas de creches, construção de parques e praças e obras estruturais, como pontes.

Apoiado pelo presidente Lula (PT), o candidato à reeleição não expôs a imagem do petista no rádio e na televisão. Com isso evitou afastar eleitores de direita, incluindo bolsonaristas.

A folga nas pesquisas o permitiu para emplacar o ex-chefe de gabinete e amigo Victor Marques (PC do B) como candidato a vice na sua chapa. A vaga era cobiçada pelo PT, que foi preterido, em razão da possibilidade de João Campos renunciar ao cargo em abril de 2026 para ser candidato a governador.

O prefeito não assumiu compromisso durante entrevistas à imprensa de seguir na prefeitura até o fim do mandato. A cobrança por uma posição foi um dos motes da oposição no começo da campanha eleitoral.

Ao longo da campanha, os opositores apontaram falhas em ações da atual gestão com o objetivo de tentar desgastar o candidato à reeleição junto ao eleitorado. Gilson Machado (PL) e Daniel Coelho (PSD) citaram problemas em convênios na rede municipal de creches, como a ausência de alvarás do Corpo de Bombeiros.

REJEIÇÃO

O atual prefeito manteve sua rejeição baixa durante toda a campanha. Na pesquisa divulgada neste sábado, o Datafolha questionou em quem os entrevistados não votariam de jeito nenhum na disputa. Os eleitores puderam citar mais de um nome.

Gilson Machado é rejeitado por 52% dos eleitores – na pesquisa anterior, era 47%. O índice é o maior dentre os postulantes que disputam o cargo.

Daniel Coelho tem 39%, Dani Portela, 33%, e Ludmila, 25%. Em seguida, vêm Tecio Teles com 24% de rejeição, Simone Fontana com 22% e Victor Assis com 19%. O candidato à reeleição João Campos é rejeitado por 9%.

Além disso, 1% dos entrevistados respondeu que votaria em qualquer um ou que não rejeita nenhum dos candidatos. Outros 2% dizem que rejeitam todos ou que não votariam em nenhum dos postulantes à prefeitura. Não sabem 4%.

Apoiado por Bolsonaro, Gilson investiu na associação ao ex-presidente, que veio ao Recife antes do início oficial da campanha para tentar alavancar a postulação do ex-ministro do Turismo.

O candidato do PL, porém, não conseguiu unir o próprio partido. Uma parte dos candidatos não tem feito campanha para Gilson Machado apontando privilégios do candidato, que pede votos também para seu filho, candidato a vereador do Recife.

Daniel Coelho é apoiado pela governadora Raquel Lyra e optou por discutir mais propostas do que pela vinculação à chefe do Executivo Estadual, que evitou participar de atos de rua no Recife junto ao candidato.

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