O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou, nesta segunda-feira (22), por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais, que investiga a atuação de grupos nas redes sociais que estariam atuando contra a democracia através da divulgação de notícias falsas.
Segundo documento, Moraes argumenta que a prorrogação foi solicitada pela Polícia Federal (PF) em dezembro. Esta é a nona vez que o ministro prorroga a duração das investigações.
Um dos motivos seria a análise do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
No total, a comissão indiciou 61 pessoas, entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relatório final contém 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, incluindo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos.
O inquérito avalia a atuação de uma organização criminosa para atentar contra a democracia e o estado democrático de direito.