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Política & Poder

Haddad diz que bolsonarismo faz ‘uso oportunista’ de tiroteio em Paraisópolis

Durante agenda na manhã de segunda-feira, Tarcísio e sua equipe foram surpreendidos por trocas de tiros na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo

Redação Jornal de Brasília

18/10/2022 13h03

Foto: Banco de Imagem

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse que vê com “muita preocupação” o uso político do tiroteio em Paraisópolis pelas campanhas de seu adversário, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

“Acho que o bolsonarismo está fazendo um uso oportunista. O fato de já levar para a TV, já mudar na Wikipedia o currículo do Tarcísio, já torná-lo vítima de um atentado político revela uma pressa que causa certa apreensão”, afirma o candidato, durante entrevista no programa Roda Vida, da TV Cultura, na noite de segunda-feira , 17.

Durante agenda na manhã de segunda-feira, Tarcísio e sua equipe foram surpreendidos por trocas de tiros na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Um homem morreu. O próprio candidato negou a possibilidade de atentado. No entanto, Bolsonaro abriu o horário de propaganda eleitoral mencionando o ocorrido. O narrador da inserção afirma que o candidato foi “atacado por criminosos” no local.

Para Haddad, esse tipo de atitude busca gerar uma “oportunidade para tentar ganhar algum dividendo eleitoral”. O petista, ex-ministro da Educação e ex-prefeito da capital paulista, disse ainda que o episódio põe em risco a vida dos candidatos. “Quando estimula esse tipo de compreensão da realidade, […], coloca em risco a integridade dos candidatos.” Haddad participou sozinho do Roda Viva, já que Tarcísio cancelou na semana passada a ida ao programa.

Centrão

Haddad diz não querer partidos do Centrão no seu governo, caso seja eleito. Para o petista, é preciso “isolar o campo fisiológico da política”. “É muito melhor negociar com democratas conservadores e mais à direita em torno de um projeto que republicanize o País, que combate a desigualdade social, que fortaleça as instituições, do que deixar esse pessoal que participou de todos os governos voltar a participar como se nada tivesse acontecido”, defendeu.

Estadão conteúdo

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