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Política & Poder

Governo Lula estuda realizar censo de crianças em situação de rua, diz secretário de SP

O objetivo seria firmar uma cooperação entre as duas gestões para o desenvolvimento da pesquisa e também de políticas públicas

FolhaPress

16/02/2023 18h10

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governo federal avalia realizar um censo nacional para identificar o número de crianças e adolescentes em situação de rua no Brasil, diz o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (Smads), Carlos Bezerra Jr. Na terça (14), ele se reuniu com o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, para compartilhar informações sobre a metodologia do levantamento feito pela Prefeitura de São Paulo no ano passado.

O objetivo, diz Bezerra Jr., seria firmar uma cooperação entre as duas gestões para o desenvolvimento da pesquisa e também de políticas públicas destinadas a esse público. Os dois secretários já atuaram juntos em outras ações no passado, como na oposição à proposta de redução da maioridade penal.

“O Ariel, inclusive, participou dos debates sobre a avaliação dos resultados do censo de crianças e adolescentes em situação de rua que realizamos em São Paulo”, diz Bezerra. “Ele percebeu a eficácia do levantamento e o quanto é importante ter números e dados para oferecer a essa população uma resposta mais adequada ao problema”, completa.

A Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente é vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos. Ao assumir a pasta, o advogado Silvio Almeida destacou que o assunto terá prioridade em sua gestão. “Pessoas em situação de rua, vocês existem e são valiosos para nós”, disse ele em seu discurso.

A população em situação de rua no país cresceu 38% desde 2019, segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que apontou que existem 281,4 mil pessoas nesta condição.
Na cidade de São Paulo, segundo o censo realizado em maio do ano passado, há 3.759 crianças e adolescentes em situação de rua.

O estudo, encomendado pela prefeitura à empresa Painel Pesquisa e Consultoria, usou uma metodologia que envolveu três eixos: a escuta das pessoas que trabalham nos comércios, nas ruas e vivem perto de escolas e postos de saúde; a busca por pontos de concentração nas franjas da cidade em todos os distritos da capital; e a abordagem direta a crianças e adolescentes.

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