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Política & Poder

Governo estuda decreto para segurança de Janja

De acordo com relatos, Janja ainda se sente desconfortável com integrantes do GSI – devido aos ataques golpistas de 8 de janeiro

Redação Jornal de Brasília

04/07/2023 7h25

Por escolha da primeira-dama, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não irá assumir sua segurança imediata. Assim, a Polícia Federal continua com essa missão.

Sem o Sesp (Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial), que deixou de existir no último dia 30, a segurança presidencial voltou para o GSI. Agora, o governo trabalha num decreto para criar uma estrutura normativa que garanta à primeira-dama a manutenção dos policiais. A informação é da Folha de São Paulo.

De acordo com integrantes do governo, o texto está sendo fechado com a PF e deve ser enviado pelo Ministério da Justiça ao Ministério de Gestão e Inovação. O plano é a criação de uma estrutura dentro da corporação para atender à segurança de Janja.

O presidente Lula (PT), assim como o vice Geraldo Alckmin (PSB) e suas famílias têm direito à segurança presidencial. Segundo relatos, a primeira-dama teria dito preferir continuar com integrantes da PF no seu entorno. Ela ainda se sente desconfortável com integrantes do GSI – devido aos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Além disso, Janja sempre fez questão de ter mulheres agentes na sua segurança imediata, que são minoria no GSI, e que a acompanham desde a campanha presidencial. No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a PF montou uma equipe formada apenas por mulheres para fazer sua segurança.

A decisão de Janja por manter os policiais, por sua vez, representa uma vitória para Dino e para a Polícia Federal, que, na semana passada, perderam a atribuição para o GSI. De acordo com relatos, a primeira-dama foi a única que solicitou a manutenção da PF.

Os policiais federais, que vêm usando recursos próprios para desempenhar essas atividades de segurança, pretendiam torná-la permanente. A PF gastou cerca de R$ 9,8 milhões em diárias e passagens para a Sesp.

A secretaria era atrelada ao gabinete presidencial e se ocupava apenas da segurança imediata do chefe do Executivo, do vice e de seus familiares. Os outros dois círculos de proteção, a aproximada e afastada, continuavam a cargo do GSI.

A imediata é a segurança pessoal. Na aproximada, militares atuam próximos ao mandatário em eventos e viagens, além de estabelecer parâmetros para emergências. Já a afastada é composta pelos responsáveis por varreduras e vigilância ostensiva em locais de eventos, com auxílio de outras forças de segurança.

Dino e a PF defendiam que o comando da segurança presidencial respondesse a um civil, e não a um militar. Durante o processo de decisão a respeito do tema, integrantes da corporação chegaram a dizer que a polícia poderia se recusar a responder ao GSI, que é chefiado pelo general Marcos Antônio Amaro.

Em outra frente, integrantes do GSI argumentavam que, se a coordenação da segurança presidencial não ficasse a cargo do gabinete, a pasta ficaria esvaziada.

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