Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar em evento em Juazeiro do Norte, Ceará, que as medidas tomadas pelo governador do estado, Camilo Santana (PT), para o combate da pandemia de covid-19 foram criminosas, Santana respondeu em suas redes sociais dizendo que “criminoso, sr. presidente, é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas”.
“Criminoso, sr presidente, é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias. [Se] Tivéssemos um Gov Federal mais preocupado com a vida, milhares teriam sido salvas. Seus ataques jamais irão tirar de mim a força para continuar lutando”, escreveu o governador.
Durante fala, o presidente se considerou honrado em “poder atender aos mais humildes” com o Auxílio Emergencial. “Atendemos no ano passado 68 milhões de pessoas com o auxílio emergencial. O gasto do ano passado com o auxílio emergencial equivale a 13 anos de Bolsa família. E porque fizemos isso? Porque muitos governadores, como esse desse estado, simplesmente mandou fechar o comércio, decretou lockdown, confinamentos e toque de recolher.”
Capitão Wagner
Também durante discurso, Bolsonaro demonstrou apoio a candidatura do deputado federal Capitão Wagner (Pros) ao governo do estado em 2022. “Eu não acho, eu tenho certeza que, assim como o Brasil tem um capitão, o Ceará terá brevemente um capitão também”, disse Bolsonaro a apoiadores.
O presidente ainda se referiu ao deputado como um “velho companheiro. “Nos acompanham aqui alguns deputados federais, como o meu velho companheiro, Capitão Wagner”, continuou. O deputado lançou sua pré-candidatura a governador no final de maio e deve ser a oposição do atual governador do estado, Camilo Santana (PT).
Ceará
Mas essa não é a primeira briga de hoje entre Bolsonaro e Santana. O estado do Ceará foi o primeiro a pedir testes negativo da covid-19 para entrada de turistas. Porém, o Planalto não gostou da decisão e, quando ficou decidido que Bolsonaro iria ao estado, negou a entrega do documento.
Ainda assim, após um decisão judicial, o governador do estado ficou proibido de barrar a entrada do presidente.
