Igor Mello
Rio de Janeiro, RJ
O ex-governador Anthony Garotinho (União Brasil) não concorrerá ao governo do Rio de Janeiro. A retirada da pré-candidatura foi uma decisão do União Brasil comunicada nesta terça-feira (19).
A decisão ocorreu depois de a cúpula do partido garantir a ele a prerrogativa de não apoiar a reeleição de Cláudio Castro (PL), com quem Garotinho rompeu recentemente. No entanto, a família Garotinho não abrirá mão de disputar uma eleição majoritária: a deputada federal Clarissa Garotinho (União Brasil-RJ) foi anunciada como pré-candidata ao Senado.
Em meio à pré-campanha, Garotinho travava uma batalha judicial para deixar de ser considerado inelegível. O ex-governador chegou a obter decisões favoráveis no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, uma nova decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o deixou novamente impossibilitado de concorrer no pleito de outubro.
Uma eventual candidatura depende de um julgamento do STF marcado para agosto, no qual o tribunal irá decidir se a nova Lei de Improbidade Administrativa -que abrandou punições contra políticos- é constitucional. Uma decisão favorável à legislação poderia beneficiar Garotinho.
“Garotinho decidirá até a próxima sexta-feira se será candidato a deputado federal, estadual ou a nenhum cargo. Para tomar a decisão, terá conversas antes com seu grupo político”, afirma o comunicado.
Antes de romper com Castro e lançar sua pré-candidatura ao governo do Rio, Garotinho planejava se candidatara a deputado federal, avaliando que poderia se tornar um puxador de votos -em 2010, ele foi o parlamentar mais votado do estado, com aproximadamente 700 mil votos.