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Política & Poder

Empresário chora durante depoimento na CPI do 8/1

Conhecido como o “pai da soja”, Bedin é sócio de pelo menos nove empresas, e é suspeito de ter financiado os atos antidemocráticos

Camila Bairros

03/10/2023 12h45

Foto: Bruno Spada/Agência Câmara

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de Janeiro recebeu hoje (3) o empresário Argino Bedin, suspeito de ter financiado os ataques aos prédios dos Três Poderes. Ele não realizou a apresentação inicial de 15 minutos, e decidiu ficar calado diante dos questionamentos dos parlamentares, utilizando o direito concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Conhecido como o “pai da soja”, Bedin é sócio de pelo menos nove empresas, e é suspeito de ter financiado os atos de 8 de janeiro, em Brasília. No ano passado, ele chegou a ter as contas bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, pois estava dentre os investigados pela organização e pelo financiamento de atos antidemocráticos que bloquearam rodovias em todo o Brasil e reuniram manifestantes golpistas em frente a quartéis-generais do Exército em diversas cidades após as eleições.

Bedin optou por não responder os questionamentos, mas chegou a se emocionar quando o deputado Filipe Barros (PL-PR) o defendeu, afirmando que ele é um empresário bem-sucedido, e declarando que ele não deveria estar prestando depoimento ao colegiado. Nesse momento, Tereza Cristina (PP-MS), que era a ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, chegou a consolar o latifundiário.

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