O candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, defendeu em evento com investidores na manhã desta quinta-feira, 9, o “método de trabalho” do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril em Curitiba. “Lula não é oráculo para nós. Ele criou um método de trabalho que é exemplar para governar, ao reconhecer que não conhece um assunto e chamar para o diálogo. É um político sem preconceitos”, afirmou, em evento do banco BTG Pactual com presidenciáveis.
Ao defender a legitimidade da candidatura de Lula, Haddad afirmou que o ex-presidente sabe muito bem conduzir a economia. “Digo com a maior convicção de que Lula vai voltar à Presidência. Este retorno tem de acontecer, vamos lutar para acontecer”, disse.
Para Haddad, o governo terá de adotar uma política fiscal “robusta”, se o partido chegar ao Planalto em 2019.
O petista – que pode assumir a chapa em caso de impedimento judicial de Lula – criticou a PEC do teto dos gastos, que, para ele, causou desordens no setor público. “É uma ingenuidade política o teto de gastos, porque ele não inibiu nenhuma das pautas-bomba”, afirmou.
Agenda comum
Para o ex-prefeito de São Paulo, o presidente que vai assumir o cargo em 2019 terá de construir uma agenda comum de reformas. “Inclusive com a oposição”, constatou. “Porque acho que o presidente a ser eleito não vai sair das urnas muito forte.”
No entanto, ele criticou a postura do PSDB, que, segundo o petista, não aceitou o resultado eleitoral de 2014.
O petista defendeu ainda que um eventual governo petista vai tratar em 2019 da questão dos regimes próprios de Previdência de municípios. “Este é um dos problemas mais urgentes da Previdência. Interessa a todos, é sensata no campo social e exequível no político”, disse.
Fonte: Estadao Conteudo