Menu
Política & Poder

É hoje! CPI a espera de Wajngarten

Ele deve falar sobre o atraso na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde e as campanhas do governo federal

Redação Jornal de Brasília

12/05/2021 5h13

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (12) o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten. Ele deve falar sobre o atraso na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde e as campanhas do governo federal em temas como isolamento social e “tratamento precoce”. A reunião está marcada para as 9h.

A convocação de Wajngarten atende a requerimentos dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Randolfe lembra que, em entrevista à revista Veja, o ex-secretário de Comunicação disse que o Ministério da Saúde teria sido o responsável “pelo atraso das vacinas”. “[Wajngarten] informa possuir e-mails, registros telefônicos, cópias de minutas do contrato, dentre outras provas para confirmar sua afirmação”, justifica.

Para Alessandro Vieira, o depoimento pode esclarecer “todas as questões de publicidade e comunicação oficial do governo” durante a pandemia. O parlamentar pretende explorar temas como “isolamento social, vacinação e emprego de medicamentos sem eficácia comprovada”.

Barra Torres

Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado

O depoimento do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres, à CPI da Covid constrangeu nesta terça-feira (11) o Palácio do Planalto. Em cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro abriu mão de discursar e foi defendido por seu atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Além de criticar as falas e ações negacionistas do chefe do Executivo e pedir para que ninguém siga suas orientações, Barra Torres, que é aliado e amigo do presidente, confirmou a tentativa de alterar, por meio de um decreto presidencial, a bula da hidroxicloroquina, com objetivo de ampliar o seu uso para que pudesse ser usada no tratamento da Covid.

Ele disse ser contra a indicação da droga, que não tem eficácia comprovada contra o coronavírus.
Interlocutores de Bolsonaro destacaram que as declarações de Barra Torres aumentam a pressão sobre o presidente por ser um aliado próximo discordando publicamente da linha adotada pelo mandatário durante a pandemia.

O depoimento de Torres deve servir para reforçar a imagem de Bolsonaro como um líder que ignorou recomendações técnicas para o enfrentamento do vírus. No fim da tarde, Bolsonaro participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto para assinar portaria que libera quase R$ 1 bilhão em recursos destinados ao combate da Covid-19 na atenção primária, porta de entrada do paciente no SUS (Sistema Único de Saúde).

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado