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Política & Poder

Doria defende Copa América no Brasil e fala em coerência

O tucano justificou que seria “incoerente” permitir jogos de torneios nacionais e vetar a competição continental de seleções

Redação Jornal de Brasília

01/06/2021 17h24

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

O governador João Doria (PSDB) voltou a defender nesta terça-feira, 1º, a realização da Copa América no Estado de São Paulo. O tucano justificou que seria “incoerente” permitir jogos de torneios nacionais e vetar a competição continental de seleções.

“Temos em São Paulo, autorizado pelo governo, os campeonatos estaduais, sul-americano e torneios para os mais jovens. Temos a Copa do Brasil e o Brasileirão. Se tivermos discurso coerente, temos que para o futebol em São Paulo, então. Todos os torneios têm que parar”, disse.

“Discriminar especificamente a Copa América porque é fruto de um entendimento do negacionista de Brasília (em referência a Jair Bolsonaro), nós perdemos o bom senso e análise. Obedecendo todos os protocolos rigorosamente, não há razão para não ter um torneio aqui em São Paulo”, acrescentou.

O discurso de Doria é semelhante ao de Bolsonaro. Nesta terça-feira, o presidente disse que se depender dele e dos ministros “está acertado” a realização do evento no País. “O protocolo é o mesmo da Libertadores, o mesmo da Sul-Americana (campeonatos internacionais de futebol), a mesma coisa”, declarou.

A Conmebol anunciou na segunda-feira, 31, o Brasil como sede da Copa América após Colômbia e Argentina recusarem a competição por causa da pandemia. A decisão gerou críticas e também dividiu o País.

Os governadores do Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Norte já alegaram não ter condições de receber um evento desse porte em meio à pandemia.

Nas redes sociais, o evento ganhou apelidos como “Corona Cup” e “Cepa América”, além de memes críticos à competição.

Doria, no entanto, ignorou as críticas. “Saúde é saúde e eu trabalho com a coerência. Se os jogos do Brasileiro e Copa do Brasil são realizados aqui, porque impedir a realização de um torneio, simplesmente a Copa América. O que difere um chileno, um equatoriano, do jogador brasileiro? São todos seres humanos. Todos têm que estar protegidos”, encerrou.

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimento para que o colegiado convoque o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para explicar sobre a realização do evento.

A Conmebol pretende vacinar as dez delegações participantes da Copa América 2021 até o início do torneio, dia 13. As seleções do Chile, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela já receberam a primeira dose do imunizante da Sinovac. Argentina, Brasil, Colômbia e Peru ainda não. As datas dos jogos serão confirmadas.

Estadão Conteúdo

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