A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, em discurso em Campo Grande, que o Brasil voltou a investir em aeroportos regionais e anunciou que o governo vai subsidiar assentos nos aviões para que se tornem competitivos. “Vamos subsidiar passagens em voos regionais.” A presidente também anunciou que oito aeroportos regionais de Mato Grosso do Sul terão R$ 201 milhões.
Dilma disse ainda que o governo está construindo uma fábrica de fertilizantes nitrogenados em Três Lagoas. Segundo Dilma, para o País, “fertilizante é tão importante quanto petróleo”. “Mato Grosso do Sul tem oferta de gás vinda da Bolívia, o que torna atraente produção de fertilizantes.”
A presidente falou também sobre as obras na BR 419 e o programa para regiões de fronteiras. “A BR 419, assim que concluírem a apresentação do projeto executivo, vamos fazer a avaliação e transferir para o Estado de Mato Grosso do Sul executar.” Ela ressaltou ainda que o governo precisa das rodovias para patrulhar fronteiras. “Estamos olhando todas as regiões de fronteiras dentro do programa estratégico de fronteiras.”
“Nós precisamos ter rodovias que deem acesso e permitam um melhor patrulhamento de fronteira”, ressaltou a presidente, que anunciou a realização do prolongamento do acesso norte-sul no Estado, saindo de Anápolis até Dourados. De acordo com Dilma, há também uma discussão no sentido de introduzir no plano rodoviário nacional uma estrada estadual, que é a MS 165.
A presidente fez as declarações durante cerimônia de entrega de 300 ônibus escolares a 78 municípios de Mato Grosso do Sul, no âmbito do programa Caminho da Escola.
Vira-lata
A presidente afirmou que tem “muita confiança” de que esse ano o Brasil vai continuar crescendo. “Hoje, além de mostrar um futebol fantástico, mostramos também que somos capazes de distribuir renda, somos um País mais estável, que controla sua inflação, que tem a menor taxa de desemprego”, disse Dilma.
Durante seu discurso, a presidente citou uma crônica de Nelson Rodrigues sobre o “complexo de vira-lata” do povo brasileiro, o qual ela traduziu como sendo um pessimismo. Ela afirmou que este complexo ficou no passado. “Nos últimos dez anos, nós enterramos o complexo de vira-lata, somos um País vencedor”, afirmou a presidente, que ressaltou que o Brasil tem todas as condições de avançar e hoje é respeitado no mundo. “Somos fortes, uma das maiores economias, indústria forte e competitiva”, mencionou.