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Política & Poder

Deputado entra com ação no TRE para impugnar candidatura de Rosângela Moro por SP

O petista também foi o responsável pela ação que levou o mesmo TRE a decidir, no início de junho, que Moro não poderia concorrer

FolhaPress

15/08/2022 23h08

NEW YORK, NY – APRIL 26: Sergio Moro (L) attends 2016 Time 100 Gala, Time’s Most Influential People In The World at Jazz At Lincoln Center at the Times Warner Center on April 26, 2016 in New York City. (Photo by Ben Gabbe/Getty Images for Time)

Mônica Bergamo
São Paulo, SP

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) protocolou nesta segunda (15) uma ação no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo) pedindo que seja impugnada a candidatura da advogada Rosângela Moro (União Brasil), mulher do ex-juiz Sergio Moro, a deputada federal por São Paulo.

O petista também foi o responsável pela ação que levou o mesmo TRE a decidir, no início de junho, que Moro não poderia concorrer às eleições de 2022 pelo estado paulista. A corte considerou irregular a transferência do título de eleitor do ex-juiz para a capital paulista.

No caso agora de Rosângela, a argumentação é semelhante. A advogada não poderia se candidatar por São Paulo por não morar de fato no estado.

“Confiamos que a justiça eleitoral de São Paulo, que não titubeou em não permitir o engodo do domicilio eleitoral de Moro, tenha a mesma coerência com sua ‘conge’ que mora junto com ele, tem [inscrição] OAB e escritório fora de SP, nunca teve qualquer atuação politica partidária em SP, portanto não pode ser candidata no estado”, diz Padilha.

Segundo a ação, o único fato que liga Rosângela ao estado de São Paulo é um contrato de aluguel de um imóvel na capital paulista, que teria sido firmado por ela no final de março deste ano “e cuja vigência [do contrato] se encerra em 25 de novembro, o que evidencia que a impugnada [Rosângela Moro] nunca teve o animus [a intenção] de fixar morada aqui”.

O texto diz também que “a fragilidade dos vinculos” de Rosângela é “ainda maior” que os apresentados pelo seu marido. E que não há “indicativo algum” de que ela tenha estado em São Paulo para articular a sua campanha.

De acordo com a ação, o casal só decidiu fazer a transferência de seus domicílios eleitorais quando percebeu que Sergio Moro não seria candidato à Presidência.

Após sair do Podemos, Moro se filiou ao União Brasil, em março deste ano, e transferiu o título eleitoral para São Paulo.

Num primeiro momento, o ex-ministro disse que pretendia disputar a Presidência da República. Vetado pela cúpula do partido, começou a sinalizar que poderia concorrer ao Senado por São Paulo.

“Quando viram que não conseguiriam, correram a tentar se abrigar no estado que tem a maior bancada na Câmara Federal, a maior Assembleia Legislativa e, por conseguinte, tem a menor relação percentual de votos x cadeira. Buscaram e buscam a todo custo demonstrar vínculos que nunca existiram para tentar justificar o domicílio eleitoral com o estado de São Paulo”, argumentam os advogados do petista na ação.

Procurada pela coluna por meio de sua assessoria de imprensa, Rosângela Moro não respondeu até a conclusão deste texto.

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