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Política & Poder

Deputado do PT e advogados pedem que PGR investigue contrato de Moro e acione Receita

O contrato de Moro está na mira do TCU, que vê possível conflito por diversas empresas envolvidas na Lava Jato serem clientes da Alvarez

FolhaPress

04/02/2022 10h04

Fábio Zanini
São Paulo, SP

O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) e advogados ligados ao grupo Prerrogativas entraram com pedido na PGR (Procuradoria Geral da República) para que investigue contrato do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) com a empresa de consultoria americana Alvarez & Marsal.

“Está claro que o ex-juiz interveio no processo eleitoral e na sequência assumiu cargo no primeiro escalão do candidato beneficiado por sua atuação ilegal, sendo que posteriormente associou-se à auditoria de uma das principais empresas alvo de sua atuação judicial, e, após receber milhões de reais, rompeu o contrato para lançar sua candidatura à Presidência da República”, diz a peça, assinada pelo coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, e outros membros do grupo.

O contrato de Moro com a consultoria está na mira do TCU (Tribunal de Contas da União), que vê possível conflito de interesses pelo fato de diversas empresas envolvidas na Lava Jato, comandada por ele quando magistrado, serem clientes da Alvarez & Marsal.

Pressionado, o ex-juiz revelou, na semana passada, que recebeu R$ 3,7 milhões da empresa, mas disse que nunca lidou diretamente com as empresas relacionadas à Lava Jato e que trabalhava no setor de compliance.

O parlamentar e os advogados pedem, na manifestação à PGR, que sejam acionados a Receita Federal e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para que informem se há alguma apuração em curso sobre os recursos recebidos pelo ex-juiz.

“As informações preliminares levantadas pelo Tribunal de Contas da União e os novos dados apresentados pelo próprio Sergio Moro reforçam a necessidade de um escrutínio público na relação entre Sergio Moro e Alvarez & Marsal, dada a existência de fortes indícios não apenas de um grave conflito de natureza ética, mas também de possíveis crimes contra a administração, tráfico de influência e utilização informação privilegiada”, diz a peça.

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