O deputado estadual Arthur do Val informou, nesta quarta-feira (20), a sua renúncia ao mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Do Val já era alvo de um processo de cassação, que não é interrompido, já que ele, ainda assim, pode se tornar inelegível.
Segundo ele, sem o mandato, os outros parlamentares serão obrigados a debater apenas seus direitos políticos. “Vai ficar claro que eles querem na verdade é me tirar das próximas eleições”, alega, em nota.
O agora ex-deputado é julgado por quebra de decoro parlamentar por falas sexistas sobre mulheres ucranianas, onde ele diz que elas são fáceis “porque são pobres”.
Nos áudios vazados, ele ainda afirma que a fila de refugiadas da guerra tem mais mulheres bonitas do que a “melhor balada do Brasil”.
Além de do Val, seus aliados do MBL (Movimento Brasil Livre) também têm criticado e questionado o processo e dizem que ele não deveria ser cassado.
Confira a nota:
“Sem o mandato, os deputados agora serão obrigados a discutir apenas os meus direitos políticos e vai ficar claro que eles querem na verdade é me tirar das próximas eleições.
Estou sendo vítima de um processo injusto e arbitrário dentro da Alesp. O amplo direito a defesa foi ignorado pelos deputados, que promovem uma perseguição política.
Vou renunciar ao meu mandato em respeito aos 500 mil paulistas que votaram em mim, para que não vejam seus votos sendo subjugados pela Assembleia. Mas não pensem que desisti, continuarei lutando pelos meus direitos.”
