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Política & Poder

Davati não explica como iria entregar 400 milhões de doses ao governo, diz depoente

Cristiano Carvalho acredita que a CPI deveria investigar por que a Davati ofereceu tantas doses sem, aparentemente, ter condições de entregá-las

Willian Matos

15/07/2021 12h00

Foto: Pedro França/Agência Senado

A Davati Medical Supply não explicou até hoje para seu próprio representante no Brasil de que forma conseguiria entregar 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca ao governo federal. No início deste ano, a empresa teria oferecido o montante ao Ministério da Saúde, e membros da pasta teriam pedido propina para fechar o negócio. O representante Cristiano Alberto Carvalho depõe à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (15) e fala mais sobre o caso.

Perguntado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) de que forma a Davati entregaria tantas doses ao Ministério, Cristiano disse que já pediu informações à empresa, mas nunca as recebeu. “Há 15 dias a própria Davati não consegue ou não quer dar explicações. Eu tenho pedido ao presidente da Davati, à assessoria de imprensa e a seus advogados que produzam essa explicação para, até como Brasileiro, né, todos nós gostaríamos de saber. Até o momento, eu não recebi a informação”, disse o depoente.

Cristiano disse que, desde o depoimento do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que também representou a Davati no Brasil, tem vivido um “turbilhão”. O empresário, no entanto, não acusa o PM de corrupção e disse que ele é uma “pessoa simples”.

O representante acredita que a CPI deveria investigar por que a Davati ofereceu tantas doses sem, aparentemente, ter condições de entregá-las. Cristiano ressaltou que, nos Estados Unidos, fazer este tipo de negócio de forma fraudulenta configura em crime federal, o que lhe deu certa segurança para tratar do negócio.

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