A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid (CPI) aprovou, nesta terça-feira, 14, um requerimento para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) determine ao governo federal a suspensão de todos os contratos que usem o FIB Bank como instituição garantidora. O requerimento também solicita que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria nesses contratos.
A senadora Simone Tebet (MDB-RS) disse, durante a reunião da CPI, que o FIB Bank emitiu garantias a órgãos federais no valor de 600 milhões de reais.
O advogado Marcos Tolentino presta depoimento nesta terça para a CPI Nele, o suspeito de ser sócio oculto do FIB Bank, deve prestar esclarecimentos sobre as acusações. A empresa emitiu de forma suspeita uma carta-fiança que foi dada como garantia pela Precisa Medicamentos nas negociações da vacina indiana Covaxin contra o coronavírus.
“O governo federal, mesmo avisado pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal, aceita uma carta bancária que não era bancária, uma carta fidejussória, de um banco que não é banco, cujos sócios estão sendo questionados aqui, num valor que ela não tem condições depois de honrar”, afirmou Tebet.
O governo cancelou o contrato de compra da Covaxin que previa a compra de 20 milhões de doses ao custo de 1,6 bilhão de reais após as denúncias de irregularidade vazarem. Marcos Tolentino nega as acusações de ser sócio oculto da empresa.