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Política & Poder

CPI: Omar Aziz chama Heinze de “mentiroso”

Pazuello respondia sobre a condução da crise em Manaus causada pela covid-19, quando Heinze acusou o governador do Amazonas de não utilizar da melhor forma os recursos federais

Willian Matos

19/05/2021 13h26

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Tal qual nas sessões anteriores, a sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (19) ficou tensa em determinado momento. Hoje, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), se atracaram.

Quem depõe nesta quarta (19) é o ex-ministro Eduardo Pazuello. O ex-ministro respondia sobre a condução da crise em Manaus causada pela covid-19, quando Heinze acusou o governador do Amazonas de não utilizar da melhor forma os recursos federais.

Heinze disse que foram liberados R$ 2,6 bilhões ao estado. Neste momento, Aziz, que foi eleito pelo Amazonas, o acusou de mentir. “Ah, que conversa é essa?! Você não está falando a verdade. Você está mentindo, rapaz. Você é mentiroso, rapaz.”

O senador Heinze pediu: “Não me chame de mentiroso”, e Omar completou: “Mentiroso”.

Imunidade de rebanho

Manaus foi uma das capitais mais afetadas pela covid. Há a suspeita de que a região tenha sido utilizada como cobaia para testar a “imunidade de rebanho”. Trata-se de uma teoria de que o vírus deixaria de circular se as pessoas fossem infectadas e supostamente adquirissem anticorpos. Pazuello respondeu se concorda com a tese.

Pazuello disse que “a tese é real”, mas o que “faz a tese não ser plena” é que não se sabe “o grau de atividades de anticorpos que serão criados”. “Que você tem possibilidade de ter uma imunidade a partir de várias pessoas não há dúvida. Mas como a gente não sabe como isso se comporta no coronavírus, você não pode simplesmente achar que, a partir da contaminação, todos estão protegidos”, opinou o ex-ministro.

“O grau da profundidade, o grau de força desses anticorpos ou a capacidade dele agir no organismo e por quanto tempo eles ficam são incógnitas. Você não pode estar apoiado apenas nessa tese. Tem que partir para imunização com vacinação”, completou. Depois, Pazuello finalizou dizendo que o presidente Jair Bolsonaro não comentou nada sobre o assunto.

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