O ex-ministro Eduardo Pazuello foi perguntado nesta quarta-feira (19) na CPI da Covid se concorda com a tese de “imunidade de rebanho” para o novo coronavírus. Trata-se de uma teoria de que o vírus deixaria de circular se as pessoas fossem infectadas e supostamente adquirissem anticorpos.
Pazuello disse que “a tese é real”, mas o que “faz a tese não ser plena” é que não se sabe “o grau de atividades de anticorpos que serão criados”.
“Que você tem possibilidade de ter uma imunidade a partir de várias pessoas não há dúvida. Mas como a gente não sabe como isso se comporta no coronavírus, você não pode simplesmente achar que, a partir da contaminação, todos estão protegidos”, opinou o ex-ministro.
“O grau da profundidade, o grau de força desses anticorpos ou a capacidade dele agir no organismo e por quanto tempo eles ficam são incógnitas. Você não pode estar apoiado apenas nessa tese. Tem que partir para imunização com vacinação”, completou. Depois, Pazuello finalizou dizendo que o presidente Jair Bolsonaro não comentou nada sobre o assunto.
A imunidade de rebanho é uma teoria reprovada por cientistas. Isso porque não há comprovação por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que uma pessoa infectada não pode se infectar novamente, sobretudo com surgimentos de novas cepas do vírus. Desta forma, o que causaria o fim da circulação do Sars-CoV-2 seria a vacinação.