Instalada na manhã de terça-feira (27), a CPI da Covid recebeu, no primeiro dia, ao menos 173 pedidos de investigação. Os requerimentos podem gerar uma investigação minuciosa no governo Bolsonaro no tocante ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Entre os mais de 170 requerimentos, há pedidos para que sejam ouvidos os quatro ministros da Saúde que passaram pelo governo: Marcelo Queiroga, Eduardo Pazuello, Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta. As solicitações ainda precisam ser aprovadas pela própria CPI e pautadas pelo presidente, Omar Aziz.
Os pedidos também fazem referência à crise no fornecimento de oxigênio hospitalar em Manaus-AM. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu todos os documentos sobre o tema, entre os seus no mínimo 45 requerimentos, enquanto Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu que sejam convocados os gestores de Manaus.
“É fato público e notório que Manaus está em colapso com o avanço dos casos de Covid-19: as internações e os enterros bateram recordes, as unidades de saúde ficaram sem oxigênio e pacientes estão sendo enviados para outros estados. Lotados, os cemitérios precisaram instalar câmaras frigoríficas”, justificou Randolfe.
Os senadores também querem saber sobre respiradores, equipamentos de proteção individual (EPIs), leitos, seringas, dentre outros itens. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Hidroxicloroquina e azitromicina, remédios sem eficácia contra a covid, mas que foram exaltadas por Bolsonaro e outros membros do governo, também entraram na mira dos senadores.
