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Política & Poder

Comissão do Senado aprova Picchetti e Teixeira para integrar diretoria do BC

Antes de Picchetti e Teixeira, o governo Lula já havia indicado outros dois nomes para o BC

Redação Jornal de Brasília

28/11/2023 19h42

Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Os dois novos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor a diretoria do Banco Central foram aprovados ontem pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. As indicações seguem agora para o plenário da Casa.

O nome do economista Paulo Picchetti foi aprovado por 20 votos a 1, com uma abstenção. Já a indicação do servidor de carreira do BC Rodrigo Teixeira teve 22 votos favoráveis e um contrário.

Se aprovado pelo plenário do Senado, Picchetti ocupará a vaga aberta com o término do mandato de Fernanda Guardado, que chefia a Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos. Já Teixeira assumirá a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, posto hoje ocupado por Maurício Moura. Fernanda e Moura encerram seus mandatos em 31 de dezembro deste ano.

Antes de Picchetti e Teixeira, o governo Lula já havia indicado outros dois nomes para o BC: os de Gabriel Galípolo para a Diretoria de Política Monetária (em substituição a Bruno Serra) e de Ailton Aquino Santos para a área de Fiscalização. O mandato do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto – indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro -, vai até dezembro de 2024.

Entre outras questões, Picchetti disse que a autonomia do BC foi uma decisão democrática que tem papel importante no desempenho do órgão. “A literatura mostra que BCs independentes têm uma atuação superior na estabilidade financeira e na preservação do valor da moeda. Um BC independente não é um BC que não dialoga ou presta contas, pelo contrário. O BC toma decisões sem pressões externas, mas honrando essa concessão de autonomia e entregando os melhores resultados para o País”, disse.

Já Teixeira destacou que o tema de seu doutorado é a relação entre as políticas monetária e fiscal. “De forma direta, o déficit público impulsiona a demanda agregada da economia. Portanto, a política fiscal pode ser utilizada em momentos de crise, como foi a pandemia. Mas é claro que não se pode usar a política fiscal expansionista para impulsionar a economia em todos os momentos, porque pode criar pressões inflacionárias. E, com isso, a autoridade monetária precisará elevar a taxa de juros da economia”, afirmou.

Estadão Conteúdo

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