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Política & Poder

Coligação de Bolsonaro eleva em 450% número de candidatos a governador

O pedido de registro de candidatura não significa que o político chegará apto ao dia da eleição. Caberá à Justiça Eleitoral aprovar

FolhaPress

16/08/2022 13h14

O presidente Jair Bolsonaro participa do Culto de Santa Ceia da Frente Parlamentar Evangélica, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

Ranier Bragon
Brasília, DF

O trio de partidos que lidera o centrão e que compõe a coligação de Jair Bolsonaro registrou 22 candidaturas a governos estaduais, um crescimento de 450% em relação a 2018, quando lançou apenas 4 postulantes.

PL, PP e Republicanos -que abrigaram o bolsonarismo após o presidente da República abandonar o PSL e não conseguir fundar sua própria legenda- estão no topo do ranking de aumento geral de candidatos aos cargos de presidente, senador, governador, deputado federal e estadual.

O registro de candidatos terminou nesta segunda-feira (15), mas eventuais atualizações represadas do sistema podem alterar levemente os números.

O PL de Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto é o partido com o maior salto. Em 2018, só lançou Wellington Fagundes, que perdeu a disputa em Mato Grosso -ficou em segundo.

Agora, são 14 candidatos, entre os quais Cláudio Castro, que busca a reeleição no Rio de Janeiro, e os ex-ministros Onyx Lorenzoni (Rio Grande do Sul) e João Roma (Bahia).

O PP de Ciro Nogueira (ministro da Casa Civil) e Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) é o segundo da lista, com cinco candidatos a governador, entre os quais Gladson Cameli (na disputa pela reeleição no Acre), os senadores Luiz Carlos Heinze (Rio Grande do Sul) e Esperidião Amin (Santa Catarina). Há quatro anos, o PP havia lançado três nomes, com a vitória apenas de Cameli.

Já o Republicanos não teve nenhum candidato em 2018. Agora, são três, o principal deles o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas, em São Paulo.

?Em 2018, as três siglas do centrão integraram a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, então no PSDB, que ficou em quarto na disputa. Hoje Alckmin é vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival da trinca de partidos.

Assim como no cômputo geral de candidatos, o PT de Lula reduziu o número de nomes que vão disputar governos estaduais, de 16 para 13. A principal aposta é Fernando Haddad, em São Paulo.

O PT fechou uma federação com PC do B e PV. Isso pode influenciar, em tese, a capacidade de o partido lançar candidatos no país, já que há limite (100% mais 1 das vagas disputadas, no caso da disputa proporcional), e a federação conta como um partido isolado.

Isso, porém, não influencia a decisão de lançar nomes aos governos estaduais, porque o PT, dentro da federação, tem poder de impor sua vontade.

Lula conseguiu fechar em torno de si uma coligação recorde de dez partidos, o que torna a sua coligação a mais robusta também no número de governadores, 58. Ainda assim, o número é menor do que o lançado pelo conjunto dessas siglas há quatro anos, quando foram inscritos 73 nomes.

Os quatro partidos da coligação de apoio a Simone Tebet (MDB) lançaram 21 candidatos a governos estaduais, segundo os números divulgados na noite desta segunda pelo Divulgacand, o sistema de divulgação de candidaturas e contas eleitorais do tribunal. Em 2018, foram 30.

Fruto da fusão do PSL com o DEM, a União Brasil nasceu gigante no Congresso, mas demonstra pouca força na corrida aos executivos estaduais. São 12 candidatos, contra 22 de quatro anos atrás.

Estarão em disputa neste ano a Presidência da República, o governo dos 26 estados e do Distrito Federal, um terço das 81 cadeiras do Senado, as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e as vagas nas Assembleias Legislativas dos estados.

O pedido de registro de candidatura não significa que o político chegará apto ao dia da eleição. Caberá à Justiça Eleitoral aprovar ou não a solicitação.

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