Menu
Política & Poder

CGU pede que órgãos públicos punam servidores envolvidos em atos golpistas

O órgão de controle da administração pública federal pede para que sejam punidos exemplarmente

FolhaPress

09/01/2023 8h55

Foto: Reprodução / CGU

Lucas Marchesini
Brasília, DF

A CGU (Controladoria Geral da União) orientou todos os órgãos públicos a instaurar processos administrativos para apurar a participação de servidores públicos nos atos golpistas desse domingo (8), em Brasília.


O órgão de controle da administração pública federal pede para que sejam punidos exemplarmente ” servidores públicos federais que, tendo participado dos atos de invasão de repartições e depredação do patrimônio público, atentaram contra os deveres de lealdade às instituições e de moralidade administrativa que devem orientar a atuação do agentes públicos e, principalmente, contra o Estado democrático de Direito”.

A nota divulgada pela CGU diz ainda que em caso de confirmação da participação de um servidor nos atos, ele poderá ser demitido por lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.

A determinação da CGU é apenas uma das várias reações aos atos golpistas praticados por bolsonaristas. Depois da invasão à sede dos três poderes, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha, do cargo por 90 dias.

O Executivo por sua vez determinou uma intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal até o fim de janeiro e nomeou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, para comandar o setor.

A primeira medida a partir da intervenção foi a desocupação do acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Bolsonaristas radicais estão acampados no local desde o resultado do segundo turno das eleições e pedem abertamente uma intervenção das Forças Armadas.

O acampamento se esvaziou significativamente após a posse do presidente Lula, mas não se encerrou. O Exército chegou a iniciar desocupações do local em algumas ocasiões, mas sempre desistiu no último momento temendo confronto com os acampados.

O estrago causado pelos golpistas foi grande, com a depredação do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Na sede do Executivo, um quadro de Di Cavalcanti foi perfurado em diversos pontos. No Ministério da Justiça, armas foram roubadas.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado