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Política & Poder

Candidatos criticam pesquisas de intenção de voto no 1º bloco do Debate JBr.

Arquivo Geral

26/09/2018 20h05

Foto: Myke Sena

Rafaella Panceri
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O primeiro bloco do debate político com os candidatos ao GDF nas eleições gerais de 2018, organizado pelo JBr. e pelo Conselho Federal de Administração (CFA), durou 19 minutos. A cada 1 minuto e 30 segundos, os concorrentes se apresentaram e fizeram considerações iniciais, antes de enfrentarem mais quatro blocos de discussões.

Rogério Rosso (PSD) disse que não acredita nas pesquisas de intenção de voto divulgadas recentemente e criticou as declarações de Rodrigo Rollemberg (PSB), de que a crise no DF foi resolvida. Os demais candidatos destacaram a trajetória política individual e elogiaram a iniciativa do JBr., definida pela bancada como “democrática”.

Rodrigo Rollemberg (PSB) reforçou o discurso proferido em outros debates políticos, de que a gestão atual tirou Brasília da pior crise já enfrentada pela cidade. “Pegamos a administração com R$ 6,5 bilhões de roubo e tivemos um trabalho duro para ajustar as contas. Não fizemos tudo que gostaríamos, mas muito para o momento difícil em que estávamos”, definiu. O candidato fez diversas promessas — 25 mil vagas em creches e entregar 50 mil escrituras — caso seja eleito.

Rogério Rosso (PSD) criticou administração atual. Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasília

Rogério Rosso (PSD) discordou do atual governador sobre o momento vivido pelo DF. “O pior momento da cidade foi em 2010, com uma crise absurda, mas a crise atual em educação, segurança e geração de empregos, existe”, contra-atacou. O candidato criticou pesquisas de intenção de voto publicadas recentemente. “Alguns institutos tentam induzir o eleitor ao erro e colocam vantagens não percebidas no dia a dia da campanha”, alegou.

Ibaneis Rocha (MDB) elogiou a cobertura da imprensa nas eleições gerais e disse ser solidário aos humildes. “Conheço o sofrimento porque cresci trabalhando e sei das dificuldades”, exemplificou. Ao contrário de Rosso (PSD), ele acredita nas pesquisas políticas. “Refletem o momento vivido pela política do DF e nacional”, considerou.

Júlio Miragaia (PT) centralizou o discurso no combate à pobreza e criticou o comportamento dos concorrentes em outros debates. “Não queremos mais saber de discussão e acusação. A população quer que o candidato apresente soluções”, afirmou. Ele destacou, ainda que é apoiado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e que apoia a eleição de Fernando Haddad (PT) à Presidência.

Alexandre Guerra (NOVO) alertou para falsas promessas. Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasília

Fraga fala sobre condenação

Condenado na última semana por desvio de recursos públicos, Alberto Fraga (DEM) mencionou a decisão judicial, disse não “ter constrangimentos” e aproveitou para se defender. Para o candidato, foi uma condenação feita “na velocidade da luz”, já que o processo se arrastava por 10 anos. “É uma condenação em primeira instância, que não inviabiliza a campanha”, explicou. Fraga considera a condenação uma “manobra para tirar o foco da campanha”. O dinheiro da campanha, segundo ele, foi desviado por “bandidos”.

Alexandre Guerra (Novo) elogiou a iniciativa do JBr. e comparou o debate aos já realizados por outros veículos de comunicação. “Eles lutam para não colocar pessoas novas nas discussão e isso é super importante para a democracia”, afirmou. Além de apresentar um breve currículo como empresário no País, ele destacou que utiliza recursos próprios na campanha. “Somos o único partido que tem isso no estatuto. Quem procura renovação, não caia nas promessas vazias”, declarou.

O candidato Paulo Chagas (PRP) foi outro a falar sobre recursos de campanha e disse haver uma “luta desigual”. Ele opinou: “as regras criadas para o embate são criadas pelos que já estão lá e levam vantagem, mais tempo na televisão e mais recursos”, criticou. Chagas afirmou, ainda, que estreia na política para ser uma nova opção. “Oferecemos nossa honestidade e nosso passado, que não é igual ao de quem está na política. É tempo de mudança”, definiu.

Júlio Miragaia (PT) focou o discurso no combate à pobreza. Foto: Kléber Lima/ Jornal de Brasília

Fátima Sousa (PSOL) mencionou a trajetória profissional como professora e atuação na área da saúde e disse estar “disposta a mudar a velha política”. Citou dados de intenção de anular voto ou de não votar em Brasília e pediu à população que exerça a cidadania. “Não abra mão. Você não é culpado pelos prejuízos que as más gestões provocaram na cidade”, declarou.

Eliana Pedrosa (PROS) quer reacender esperança das pessoas e oferecer soluções aos problemas do DF. Sem entrar em detalhes, ela destrinchou as dificuldades da atual administração para lidar com segurança e desemprego. Considerou, ainda, o abandono dos espaços públicos. “Vamos reconstruir cidade, monumentos, pontes, e escolas”, prometeu.

Saiba Mais
Os nove candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais participam, na noite de hoje, do debate promovido pelo Jornal de Brasília e pelo Conselho Federal de Administração (CFA), que, juntos, têm analisado os programas de governo de cada um deles.

Às 19h, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), no Lago Sul, Alberto Fraga, Alexandre Guerra (Novo), Eliana Pedrosa (Pros), Fátima Sousa (PSOL), Ibaneis Rocha (MDB), Julio Miragaya (PT), Paulo Chagas (PRP), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (PSD) apresentam seus planos e discutem propostas para o DF.

O debate é transmitido ao vivo pelo site do Jornal de Brasília (www.jornaldebrasilia.com.br), no nosso canal no YouTube e na página no Facebook (facebook.com/jornaldebrasilia/). Os canais do CFA para a transmissão são a página oficial da autarquia (cfa.org.br), o canal CFAPlay no YouTube e a página do Facebook (facebook.com/CFAADM/).

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