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Política & Poder

Câmara aprova PEC do piso da enfermagem em primeiro turno

Contudo não há previsão orçamentária para custeio dos salários. Foram 425 votos favoráveis contra 11 no primeiro turno

Redação Jornal de Brasília

12/07/2022 19h41

Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

A Câmara aprovou nesta terça-feira, 12, em plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos pisos salariais para profissionais da enfermagem – enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira – instituídos por lei federal. A regra se aplicará a pessoas jurídicas de direito público e privado. Contudo não há previsão orçamentária para custeio dos salários. Foram 425 votos favoráveis contra 11 no primeiro turno.

A proposta ainda precisará ser aprovada em segundo turno, previsto para acontecer depois da votação da PEC dos Benefícios, em votação neste momento. Essa foi a forma que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encontrou para não perder quórum e garantir a aprovação da proposta que concede inúmeros benefícios às vésperas da eleição.

A PEC da enfermagem também estabelece que a União, os Estados, Distrito Federal e municípios, até o final do exercício financeiro em que for publicada a lei do piso salarial da enfermagem, adequarão a remuneração dos cargos ou dos respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada categoria profissional

O objetivo da PEC é dar segurança jurídica ao projeto de lei aprovado pelo Senado e pela Câmara no início de maio deste ano, que estabelece a criação de um piso salarial para os profissionais da área. O PL prevê piso de R$ 4.750 para os enfermeiros. O texto também fixa remuneração equivalente a 70% do piso nacional como mínimo para técnicos de enfermagem. Para auxiliares de enfermagem e parteiras, o valor será equivalente a 50%.

Apesar de já aprovado pelo Congresso, a proposta ainda não foi enviada para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL). O impacto estimado para o custeio do piso é de R$ 16 bilhões, no entanto, ainda não há indicação de fontes para o financiamento da medida

Na avaliação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a criação de pisos para as categorias, são prejudiciais para o ajuste fiscal dos municípios, que não têm como suportar os impactos financeiros gerados. “Fizemos os estudos, estamos mostrando o impacto que vai ter em cada prefeitura, ou seja, em cada comunidade, e as agruras que seguramente vão começar a passar a partir do ano que vem”, disse na terça-feira,5, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.

Estadão Conteúdo

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