Menu
Notícias

Bolsonaro diz em culto evangélico que ser presidente é missão do Criador

Presidente Jair Bolsonaro disse, durante culto em celebração, que ser presidente “não é fácil”, mas é “missão do Criador”

Redação Jornal de Brasília

17/06/2022 20h13

Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira, 17, durante culto em celebração aos 111 anos da Assembleia de Deus no Brasil, que estar à frente do Executivo “não é fácil”, mas é “missão do Criador”.

“Deus salvou minha vida em 2018 e depois me deu uma eleição. Não é fácil ser presidente da República, mas entendo ser essa uma missão do Criador”, afirmou nesta noite, em Belém (PA), em discurso recheado de referências religiosas, que visa ao eleitorado evangélico.

O presidente ainda pregou que a fé é uma das formas de resolver problemas vividos pelo Brasil atualmente, como a escalada da inflação.

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira novo reajuste no preço da gasolina e do diesel, mas, ao contrário do que fez durante o dia, Bolsonaro evitou críticas diretas à estatal no culto.

“(As questões) materiais, hoje passamos por um problema que não é sentido no Brasil, é um problema que passamos no mundo todo. A pandemia, as consequências da política do fique em casa, a economia a gente vê depois … Uma guerra a 10 mil quilômetros de distância traz dissabores para todo mundo. O Brasil não ficou fora disso. Aumento dos preços, dos combustíveis … Podemos perder algo material hoje, mas nossa fé, nossa religião, o nosso temor a Deus fará com que recuperemos tudo isso e, mais ainda, pavimente a nossa vida para um futuro eterno”, pregou.

O presidente ainda reafirmou ser favorável a pautas caras aos evangélicos, como a criminalização do aborto, o combate à chamada ideologia de gênero e a defesa da família.

“Nosso governo é contra o aborto. Nosso governo defende a família. Nós somos contra a ideologia de gênero. A inocência das crianças em sala de aula tem que ser preservada. Somos contra a liberação das drogas. Nós defendemos a liberdade em nossa pátria, aí incluída a liberdade de culto. Somos livres para escolher nossa religião, professar a nossa fé, respeitamos todos os cidadãos”, elencou.

Com desvantagem em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro tem participado de uma série de eventos e se aproximado de lideranças do segmento evangélico.

A ideia é manter ou ampliar as intenções de voto nesse público, no qual mantém liderança nas pesquisas. De olho nesse movimento, Lula tem feito acenos aos evangélicos.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado