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Política & Poder

Bolsonaro aguardaria tentativa de golpe nos EUA, diz PF

De acordo com documento, pouco antes de viajar, o ex-presidente chegou a transferir R$ 800 mil para o país norte-americano

Redação Jornal de Brasília

15/02/2024 9h24

Foto: Reprodução

Apenas dois dias antes de terminar seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou, sem agenda oficial, para os Estados Unidos. Segundo a Polícia Federal, essa viagem seria o momento em que ele aguardaria os desdobramentos da tentativa de golpe de Estado no Brasil.

De acordo com documento da investigação, obtido pela jornalista Andréia Sadi, pouco antes de viajar, o ex-presidente chegou a transferir R$ 800 mil para o país norte-americano.

“Alguns investigados se evadiram do país, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras nacionais, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal instaurada para apurar os ilícitos”, esclarece o documento.

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda afirma que, no valor, poderia estar o dinheiro do “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras”, como as joias das pela Arábia Saudita que foram vendidas.

“Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de Golpe de Estado que estava em andamento”, continua a representação.

Operação Tempus Veritatis

Na última quinta-feira (08), a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, onde cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão contra figuras ligadas ao ex-presidente.

Entre os endereços alvos da operação, está a casa de Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ). Os alvos incluem militares e pessoas do alto escalão do governo do ex-presidente.

Horas após a operação, a defesa do ex-presidente entregou seu passaporte à PF. O documento estava em seu escritório na sede do PL, em Brasília.

 

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