Dada a recusa da diretora-técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, em responder as perguntas feitas pelos senadores durante sessão da CPI da Pandemia nesta terça-feira (13), o presidente Omar Aziz (PSD-AM) decidiu suspender temporariamente a oitiva.
Logo ao chegar, Emanuela disse que ficaria em silêncio por orientação do seu advogado. A diretora-técnica ganhou no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer calada diante de perguntas que possam incriminá-la. O defensor dela, no entanto, disse que a decisão do STF é subjetiva e que, por isso, a depoente vai entender que todos os questionamentos podem prejudicá-la. Sendo assim, Emanuela não pretende responder nada.
A postura levou Omar Aziz a suspender a sessão enquanto o relator Renan Calheiros (MDB-AL) fazia as inquirições. “Nós fizemos uma pergunta-teste. Baseados na resposta dela, nós iremos suspender a sessão”, declarou Aziz. O presidente disse ainda que fará contato com ministro Luiz Fux, que deu a Emanuela o direito de permanecer calada. “Chamarei os advogados, entraremos com embargo de declaração agora baseado nesta resposta para que o presidente Fux possa dizer quais são os limites”, afirmou.
A pergunta-teste que Omar citou foi feita por Renan. O senador questionou qual a função de Emanuela na Precisa. Na visão dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES), a pergunta é simples e não poderia incriminá-la, e a depoente estaria cometendo um crime ao se manter em silêncio em uma questão que não lhe compromete. Por isso, os parlamentares entendem que a diretora-técnica deveria receber voz de prisão.
A sessão segue suspensa, contudo, pode retornar a qualquer momento.