A diretora-técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, ficará em silêncio durante sessão da CPI da Pandemia nesta terça-feira (13).
Ao ser perguntada se diria ou não a verdade durante o depoimento, Emanuela não respondeu precisamente, dizendo apenas que, por orientação de seu advogado, permaneceria em silêncio. A diretora ganhou no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus que lhe dá o direito de não responder questões que possam comprometê-la.
Senadores discutem a decisão do STF. Emanuela se recusa a responder qualquer pergunta, e os parlamentares ressaltam que ela não pode responder apenas os questionamentos que possam prejudicá-la. Não responder a nenhuma pergunta é, na visão do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), um crime.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) reclamou que o tratamento dado pelo Supremo a depoentes não tem sido igualitário. “O abuso de ficar em silêncio durante esta comissão não pode ser algo permanente”, declarou. Eliziane ressaltou ainda que a decisão do STF só dá a Emanuela o direito de se calar apenas em algumas das perguntas. Isto é, em questionamentos que não a incriminem, a diretora da Precisa teria de falar.
Antes do início da sessão, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), não descarta que Emanuela fique em silêncio. “O que eu sei é que ela fez um media training ontem e, nesse media training, ela perdeu a cabeça várias vezes. Então, os advogados estão convencendo ela a não responder”, declarou.
