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Política & Poder

Airton Cascavel diz que, se pudesse, teria comprado vacinas da Pfizer

Para o ex-membro “informal” do Ministério, a vacinação no Brasil foi atrapalhada por politização

Willian Matos

05/08/2021 11h20

Foto: Pedro França/Agência Senado

Ex-assessor-especial de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, Airton Cascavel depõe à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (5). Se portando como defensor da vacinação contra a covid-19, Cascavel disse que, se pudesse, teria comprado vacinas da Pfizer e da Janssen que o governo federal inicialmente abriu mão.

Airton disse que, se tivesse poder de decisão sobre a compra de vacinas, “teria comprado mesmo não podendo comprar como a lei não permitia. Eu teria comprado a Pfizer, eu teria comprado a Janssen… se dependesse de mim, tivesse esse poder, estaria aqui hoje respondendo o porquê de ter comprado”, declarou.

Para o ex-assessor do Ministério, a vacinação no Brasil foi atrapalhada por uma politização. Ele cita o Instituto Butantan, alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro devido à ligação do órgão com o Governo de São Paulo, de João Doria.

A CPI investiga a demora para a nomeação de Cascavel e a real atuação dele na pasta. O empresário foi nomeado semanas depois de começar a atuar. Ele explicou nesta quinta (5) que veio a Brasília a pedido de Pazuello, mas que sua nomeação sairia graças a um convite do então ministro Nelson Teich. Três dias depois, Teich saiu e Pazuello teria o convidado novamente.

Mesmo com os convites, a nomeação não saiu. Airton alega um entrave junto a uma empresa da qual ele é proprietário. “Um fato atrapalhou a minha nomeação naquele momento. Eu não tinha o afastamento da minha empresa e os cartórios estavam fechados [por conta da pandemia]”, declarou.

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