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56% em SP não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, ante 43% em Lula, diz Datafolha

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é o mais rejeitado em São Paulo entre os candidatos ao Palácio do Planalto, como mostra pesquisa Datafolha

FolhaPress

01/07/2022 15h51

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Carolina Linhares
São Paulo, SP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é o mais rejeitado em São Paulo entre os candidatos ao Palácio do Planalto, como mostra pesquisa Datafolha.

Não votariam nele de jeito nenhum 56% dos moradores do estado.

O índice é semelhante à rejeição de Bolsonaro pelo país. Nacionalmente, o presidente também é o mais rejeitado, com 55%. Bolsonaro está em segundo lugar na corrida eleitoral -marca 28% na pesquisa nacional e 30% em São Paulo.

Em São Paulo, assim como no restante do Brasil, o segundo candidato mais rejeitado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 43% de intenção de voto entre os moradores de São Paulo e 47% entre os brasileiros em geral.

A rejeição de Lula é maior no estado em comparação à média nacional -43% não votariam de jeito nenhum no petista entre os que vivem em São Paulo, enquanto no país o índice é de 35%.

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha, ouviu 1.806 pessoas em 61 municípios de São Paulo entre terça (28) e quinta (30).

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE com os números SP-02523/2022 e BR-01822/2022.

O terceiro candidato mais rejeitado pelos moradores do estado é Ciro Gomes (PDT), com 28%, contra 24% na média nacional.

De maneira geral, os candidatos nanicos de direita e de esquerda são menos rejeitados em São Paulo do que no restante do país.

Simone Tebet (MDB) tem 9% de rejeição (14% nacionalmente), Luciano Bivar (União Brasil) tem 10% (16%) e Felipe d’Avila (Novo) tem 9% (15%).

O índice de quem não votaria em Vera Lúcia (PSTU) é de 9% em São Paulo e de 16% no Brasil. Para Leonardo Péricles (UP), os números são 7% e 14%.

O estado de São Paulo é o principal colégio eleitoral do país, com 33,1 milhões de eleitores, o que representa 21,7% do eleitorado nacional (de 152,3 milhões).

Os grupos que mais rejeitam Lula em São Paulo são os que têm ensino superior (51%), que têm de 35 a 44 anos (47%), que recebem de cinco a dez salários mínimos (57%), os evangélicos (56%), os brancos (50%), os aposentados (46%) e os empresários (64%).

Lula tem 56% de rejeição entre eleitores de Ciro e 77% entre eleitores de Tebet.

Bolsonaro, por sua vez, vê sua rejeição maior entre mulheres (60%), jovens de 16 a 24 anos (66%), quem tem ensino superior (57%), quem mora na capital (66%), entre pretos (67%), entre funcionários públicos (70%) e entre homossexuais e bissexuais (87%).

Ainda no recorte estadual, 81% dos eleitores de Ciro e 78% dos eleitores de Tebet rejeitam Bolsonaro.

A rejeição de Bolsonaro atrapalha seu desempenho como padrinho de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o candidato do presidente para o Governo de São Paulo.

No cenário sem Márcio França (PSB), Tarcísio tem 13% e está empatado em segundo lugar com o governador Rodrigo Garcia (PSDB).

Não votariam de forma alguma em um nome apoiado pelo titular do Palácio do Planalto 64% dos paulistas, enquanto 17% talvez pudessem fazê-lo.

Outros 17% com certeza seguiriam a indicação e 2% não souberam opinar.

O candidato de Lula em São Paulo é Fernando Haddad (PT), que lidera com 34% na hipótese de que França não dispute.

Em relação a Lula, não votariam num indicado dele 51% dos entrevistados, enquanto 23% talvez o fizessem. Já 24% dizem apoiar com certeza um nome do petista.

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