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Opinião

Cheiro de revolução no ar

Redação Jornal de Brasília

23/03/2023 13h00

Imagem ilustrativa

Tonico Novaes *

Há um frisson no ar, provocado pela nova ferramenta que poderá ser a maior revolução tecnológica desde o streaming e o NFC. A Inteligência Artificial é a tecnologia por trás do Chat GPT, um chatbot que pode revolucionar a profissão e a vida de todos nós. Mal foi apresentada ao mercado e a multifuncionalidade da plataforma já está entre os temas mais comentados nas pautas das reuniões de planejamento estratégico de muitas empresas e nos feeds das principais redes sociais.

Afinal de contas, todo esse barulho causado faz algum sentido? Em quanto tempo essa nova ferramenta fará parte do nosso cotidiano? A resposta é simples, mas pode ser elaborada de várias formas: quando menos se espera, em um piscar de olhos, a qualquer momento! É apenas uma questão de tempo para que esse novo modelo de linguagem faça parte das múltiplas interações entre usuários, marcas e consumidores.

Dados divulgados recentemente pela Hibou mostra que 8 entre 10 pessoas já ouviram falar sobre Inteligência Artificial e mais da metade desse grupo (54%) acreditam que as ferramentas utilizadas para otimizar, impulsionar e dar agilidade a muitos processos de marketing, atendimento, relacionamento comercial e até entretenimento impactam diretamente o seu dia a dia.

As possibilidades trazidas pela IA parecem aguçar a curiosidade dos brasileiros, já que 52% dos participantes do estudo afirmam que o uso do Chat GPT é positivo, desde que as respostas sejam elaboradas para fácil entendimento. Em relação a suas funcionalidades, 43% das pessoas querem que suas demandas sejam absorvidas pelos Chat GPT, e 39% desejam que suas reclamações sejam ouvidas. Muitas marcas já entenderam o potencial dessa ferramenta e aplicam as funcionalidades em seus produtos, como empresas de segurança digital, plataformas de e-commerce e aplicativos de GPS, por exemplo.

A tecnologia IA não é onipresente, mas já está entre nós há algum tempo, criando atalhos e aperfeiçoando experiências de busca e pesquisa, de acordo com nossas preferências e ações anteriores. As máquinas se apropriam das informações pessoais para encurtar a distância entre nossas necessidades e as devidas opções de solução, como por exemplo os dispositivos utilizados em casas inteligentes.

No caso do Chat GPT, os avanços em deep learning são aplicados de forma mais assertiva e complexa, alimentando a criatividade a partir de sugestões e automações de processos. É como se nossos smartphones ou assistentes digitais aprendessem a nos ajudar da melhor forma, evoluindo em seus conhecimentos cada vez que são acionados. Quanto mais os dispositivos são utilizados para determinadas funções, mais eles aprendem a identificar, com maior rapidez, nossos anseios e preocupações.

O uso do Chat GPT serve como incremento à produtividade das equipes no ambiente de trabalho por exemplo, aprimorando o atendimento a partir da apresentação de respostas imediatas às perguntas propostas anteriormente e revisando códigos de erros para esclarecer conceitos mais complexos, evitando assim o retrabalho das pessoas. Isso serve para qualquer planejamento estratégico em ambientes corporativos, comerciais ou industriais.

A consolidação da tecnologia IA é uma certeza e suas aplicações deverão estar cada vez mais próximas de nosso cotidiano, a partir da chegada dos carros inteligentes, do desenvolvimento de ferramentas gerenciais digitais e de segurança cibernética, além de instrumentos simplificados para melhorar ainda mais as experiências de compras de produtos e serviços. Com o desenvolvimento do Metaverso e equipamentos robóticos de maior complexidade, essas tecnologias inteligentes tendem à onipresença digital em breve.

* Tonico Novaes é CEO da Campus Party Brasil

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