Menu
Mundo

Uruguai pede a Israel que interceda por libertação de refém do Hamas

“De repente, foi como se lhe tirassem o telefone. Shani começa a chorar e 10 segundos depois, acaba a conversa”, conta

Redação Jornal de Brasília

24/10/2023 18h43

Foto: Banco de Imagens

O governo do Uruguai pediu, nesta terça-feira (24), a Israel que interceda pela “imediata libertação” de uma jovem israelense-uruguaia sequestrada pelo grupo islamista palestino Hamas durante o ataque lançado da Faixa de Gaza em 7 de outubro.

“Pelo que sabemos, a senhora (Shani) Goren se encontra atualmente retida como refém em Gaza”, informa a Embaixada do Uruguai em Israel em uma nota enviada ao ministério das Relações Exteriores israelense.

“Esta missão diplomática deseja expressar sua máxima preocupação com sua situação e quer solicitar, por meio dos esforços de seu ministério, sua liberação imediata”, acrescenta o comunicado oficial, ao qual a AFP teve acesso.

O consulado uruguaio em Israel soube na segunda-feira que Shani Goren, uma israelense neta de uruguaios, de 29 anos, estava em poder do Hamas, porque sua família “se aproximou para pedir ajuda”, indicaram fontes da chancelaria uruguaia.

Desde então, estudou-se a documentação “para corroborar a filiação” de Goren, que foi confirmada nas últimas horas, acrescentaram.

Shimon Horowitz, tio de Goren, contou ao Canal 12 uruguaio que a jovem foi sequestrada do kibutz Nir Oz, localizado no sul de Israel, a três quilômetros da Faixa de Gaza, enquanto falava no telefone com sua cunhada, porque sabia que “algo ruim” estava acontecendo.

“De repente, foi como se lhe tirassem o telefone. Shani começa a chorar e 10 segundos depois, acaba a conversa”, conta.

Um vídeo publicado no Instagram uma hora depois confirmou o sequestro. “Shani aparece em cima de um reboque pequeno com um trator pequeno, com quatro mulheres, e começam a seguir para Gaza”, acrescentou Horowitz, também cidadão uruguaio, falando de Israel.

Desde então, não se soube mais de Goren, cujos pais são separados e também moram em Nir Oz, mas não foram sequestrados.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado