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UE congela cerca de € 17 bilhões em ativos russos

“Se for dinheiro criminoso confiscado pela UE, pode ser transferido para um fundo de compensação para a Ucrânia”, observou o comissário

Redação Jornal de Brasília

29/10/2022 10h29

Foto: Yves Herman / Reuters

Mais de 17 bilhões de euros (um valor semelhante em dólares) em ativos de oligarcas e entidades russas foram congelados na União Europeia (UE), sob as sanções impostas à Rússia pela guerra na Ucrânia, disse o comissário europeu de Justiça neste sábado (29). 

“Até agora, os bens de 90 pessoas foram congelados, ou seja, mais de 17 bilhões de euros em sete Estados-membros, incluindo 2,2 bilhões na Alemanha”, disse o comissário, Didier Reynders, em entrevista aos veículos de mídia do grupo alemão Funke, entre eles, o jornal Westdeutsche Allgemeine Zeitung. 

No início de julho, Reynders avaliou os ativos de oligarcas ou membros da elite russa congelados na União Europeia, especificamente em cinco países, em cerca de 13,8 bilhões de euros.

“Se for dinheiro criminoso confiscado pela UE, pode ser transferido para um fundo de compensação para a Ucrânia”, observou o comissário na entrevista. 

As autoridades ucranianas exigem que os bens congelados sejam usados para reconstruir seu país após a guerra. “No entanto, esta quantia está longe de ser suficiente para financiar a reconstrução”, acrescentou Reynders. 

As sanções ocidentais também envolveram “o congelamento de 300 bilhões de euros” de reservas cambiais do Banco Central da Rússia em todo o mundo, uma quantia que poderia ser usada como “fiança”, considerou o comissário.

“A Ucrânia também quer usar esse dinheiro para a reconstrução. Do meu ponto de vista, pelo menos seria possível manter esses 300 bilhões de euros como garantia, até que a Rússia participe voluntariamente da reconstrução da Ucrânia”, afirmou Reynders. 

Desde a invasão russa da Crimeia no sul da Ucrânia em 2014, os bens de 1.236 indivíduos e 115 entidades foram congelados. Entre as personalidades sancionadas estão o presidente russo, Vladimir Putin, e seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov; os membros da Duma (parlamento) e oligarcas como Roman Abramovich, Mikhail Fridman e Petr Aven. 

Além disso, os indivíduos sancionados também estão sujeitos a proibições de entrada na União Europeia.

© Agence France-Presse

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