Menu
Mundo

Tumulto em frente a estádio deixa um morto e vários feridos no Iraque

“Há uma morte e dezenas de pessoas levemente feridas”, relatou uma fonte médica, que pediu para não ser identificada

Redação Jornal de Brasília

19/01/2023 16h28

Foto: AFP

Uma pessoa morreu e “dezenas” ficaram feridas nesta quinta-feira (19) em um tumulto do lado de fora de um estádio de futebol no Iraque, palco da final da Copa do Golfo — informaram fontes médicas e de segurança. 

Após várias horas de confusão, a calma voltou à área ao redor do estádio no início da tarde, anunciou o Ministério do Interior, e o jogo entre Iraque e Omã pôde começar.

Horas antes, pela manhã, milhares de torcedores sem ingressos se aglomeraram desde a madrugada em frente aos portões do estádio de Basra (sul) na esperança de assistir à partida. 

“Há uma morte e dezenas de pessoas levemente feridas”, relatou uma fonte médica, que pediu para não ser identificada. 

Uma autoridade do Ministério do Interior confirmou o saldo, explicando que a multidão se devia a “um grande número de torcedores, particularmente pessoas sem ingressos, que se juntaram desde a manhã e tentaram entrar” no estádio. 

Segundo um fotógrafo da AFP dentro do complexo esportivo, os portões estavam fechados no momento do tumulto. Ele disse que ouviu sirenes de várias ambulâncias chegando para ajudar os feridos. 

Em fotos publicadas nas redes sociais, é possível ver como uma maré humana tenta chegar ao estádio, com capacidade para até 65 mil espectadores.

Durante a tarde, a calma voltou, gradualmente, aos arredores do estádio, graças à dispersão dos torcedores, disse à AFP Saad Maan, porta-voz do Ministério do Interior. 

Os torcedores entraram no prédio, e os portões “foram fechados”, sem possibilidade de entrada de mais ninguém, segundo o Interior. 

Nas arquibancadas, os torcedores já agitam a bandeira vermelha, branca e preta do Iraque em antecipação ao jogo de seu time contra Omã. 

O primeiro-ministro Mohamed Chia al-Soudani visitou o local do evento, de acordo com um comunicado de seu gabinete. 

Ele presidiu “uma reunião de emergência na presença de alguns ministros e do governador de Basra”, organizada “para discutir medidas especiais para a final da 25ª Copa do Golfo”, acrescentou a mesma fonte. 

Em um comunicado, o Exército pediu que os iraquianos “respeitem as instruções” relativas à segurança no acesso aos estádios, para “encerrar o campeonato de forma civilizada e que honre o Iraque”.

Abalado por quatro décadas de conflito, o país apostou fortemente na 25ª Copa do Golfo, em Basra, para recuperar sua imagem. Ficou anos sem poder organizar jogos internacionais, devido às condições de segurança. 

É a primeira vez desde 1979 que a Copa do Golfo, evento que acontece a cada dois anos, é realizada em solo iraquiano.

Vários problemas logísticos prejudicaram o torneio desde a cerimônia de abertura, há duas semanas. Milhares de torcedores, alguns deles com ingressos, e jornalistas devidamente credenciados foram impedidos de entrar sem motivo preciso. 

O torneio reuniu oito países: Iraque, Kuwait, Omã, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Iêmen e Emirados Árabes Unidos.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado