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Senadores dos EUA anunciam plano para combater influência da China

Sem entrar em detalhes, Schumer informou que a iniciativa se apoia em propostas (de ambos os partidos) da comissão de Relações Exteriores do Senado

Redação Jornal de Brasília

03/05/2023 22h58

Senadores americanos anunciaram nesta quarta-feira (03) um plano bipartidário para combater a influência crescente da China no mundo, que deve ser apoiado em leis para limitar os investimentos e a tecnologia que o gigante asiático recebe e evitar qualquer ameaça a Taiwan.

“O governo chinês não hesita em sua busca para dominar o século XXI. Se nós, nos Estados Unidos, descansássemos sobre os louros, se deixarmos que o Partido Comunista Chinês (PCC) nos vença, isto teria consequências sérias para as nações democráticas”, advertiu o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.

Juntamente com outros 11 congressistas, Schumer detalhou em entrevista coletiva um plano de cinco pontos para enfrentar a concorrência chinesa, depois que a economia daquele país cresceu mais de 10 vezes desde a virada do século.

O democrata disse que serão examinadas as restrições às exportações e as sanções para restringir a capacidade de Pequim de adquirir “e, inclusive, roubar” as inovações americanas em inteligência artificial e outros desenvolvimentos tecnológicos. O Tesouro e o Departamento do Comércio teriam, a partir desta iniciativa, o poder de revisar e deter o fluxo de dinheiro para as empresas chinesas de alta tecnologia, acrescentou Schumer.

A iniciativa dos congressistas também visa a apoiar os pequenos comerciantes americanos e reforçar o processo de avaliação das implicações para a segurança nacional de investimentos estrangeiros nos Estados Unidos.

Pequim e Washington se enfrentam em nível comercial, nos direitos humanos e até na origem da Covid-19. O plano dos congressistas incluirá propostas para evitar uma agressão chinesa a Taiwan, ilha que a China considera parte do seu território e que é a maior fabricante mundial de microprocessadores.

Sem entrar em detalhes, Schumer informou que a iniciativa se apoia em propostas (de ambos os partidos) da comissão de Relações Exteriores do Senado. No ano passado, este painel aprovou US$ 4,5 bilhões (R$ 22,5 bilhões) para a defesa de Taiwan ao longo de quatro anos.

Nos próximos meses, os democratas irão trabalhar com seus pares republicanos para redigir os projetos de lei necessários para atingir estes objetivos. “Em suma, o tempo não joga a nosso favor. O regime de Xi (Jinping) trabalha todos os dias para alcançar e superar os Estados Unidos”, ressaltou Schumer.

© Agence France-Presse

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