A maioria governista no Senado mexicano aprovou na manhã desta quinta-feira (17) uma reforma constitucional que reforça o controle do Estado sobre o setor energético, especialmente a eletricidade.
Uma das mudanças é devolver à Comissão Federal de Eletricidade (CFE) e à petrolífera estatal Pemex o título de “empresas públicas” para substituir o de “empresas produtivas”, que competem com empresas privadas.
A modificação, promovida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, obteve 86 votos a favor, 39 contra e uma abstenção, informou o Legislativo.
Depois de também ter sido referendada pelos deputados na semana passada, a reforma constitucional deve ser aprovada por pelo menos 17 dos 32 congressos dos estados que compõem o país, a maioria dominada pelo governista partido Morena.
A modificação de três artigos da Constituição visa “fornecer ao povo do México serviços de eletricidade e Internet ao menor preço possível”, afirmou o Senado em um comunicado.
Um dos pontos estabelece que se a estatal gerar mais de 50% da energia do mercado, não será considerada monopólio.
Esta reforma, que conta com o apoio da presidente Claudia Sheinbaum, também do Morena, reverte parcialmente as modificações constitucionais de 1992 e 2013 que abriram o setor ao capital privado.
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