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Secretário-geral da ONU pede cessar-fogo ‘imediato’ em Gaza

De acordo com dados do Hamas, que governa o território palestino, mais de 24.000 pessoas morreram desde o início do conflito com Israel, em 7 de outubro

Redação Jornal de Brasília

15/01/2024 15h38

Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, discursa em conferência em Lisboa, Portugal 27/06/2022 REUTERS/Pedro Nunes/File Photo

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta segunda-feira (15), um cessar-fogo “imediato” em Gaza, a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a entrada de ajuda “suficiente” para os habitantes do território, quando o conflito entre Israel e o movimento islamista palestino completa 100 dias.

“Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato” em Gaza para garantir que “ajuda suficiente chegue aonde se necessita” e para “apagar as chamas de uma guerra mais ampla porque quanto mais se prolongar o conflito em Gaza, maior será o risco de escalada e erro de cálculo”, disse Guterres em uma declaração à imprensa em Nova York.

“É meu dever transmitir esta mensagem simples e direta a todas as partes: parem de brincar com fogo do outro lado da Linha Azul, desescalem e ponham fim às hostilidades”, disse, em alusão à fronteira israelense-libanesa, antes de lembrar “que não podemos ver no Líbano o que estamos vendo em Gaza”.

A violência disparou nesta fronteira, assim como na Cisjordânia ocupada, onde o exército e a polícia israelenses detiveram vários estudantes em uma incursão na noite passada na universidade Al Najah, em Nablus, segundo fontes israelenses e palestinas.

De acordo com dados do Hamas, que governa o território palestino, mais de 24.000 pessoas morreram desde o início do conflito com Israel, em 7 de outubro.

“Nada pode justificar o castigo coletivo aos palestinos”, lembrou Guterres, para quem um cessar-fogo facilitaria a libertação dos reféns israelenses nas mãos do Hamas. O secretário-geral da ONU voltou a condenar os atentados “horríveis” de 7 de outubro, que desencadearam a resposta militar israelense.

Alertou ainda que a “situação humanitária é indescritível: não há ninguém, nem lugar seguro” em Gaza, que viveu o maior deslocamento de palestinos desde 1948, segundo o braço da ONU para os refugiados palestinos (UNWRA, na sigla em inglês).

“A longa sombra da fome se lança sobre a população de Gaza, juntamente com doenças, desnutrição e ameaças à saúde”, disse, antes de se declarar “profundamente preocupado” com as claras “violações do direito humanitário internacional que estamos presenciando”.

Os “bombardeios intensos, generalizados e contínuos” no território, os entraves na fronteira com o Egito à entrada de caminhões com ajuda humanitária e os “impedimentos” à distribuição dentro do pequeno território agravam o problema, lembrou.

“Não podemos permitir que continue o que está ocorrendo em Gaza” concluiu Guterres.

 

© Agence France-Presse

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