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Mundo

Rússia diz que ‘não haverá piedade’ por morte de filha de nacionalista

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou que não haverá nenhuma piedade para os assassinos de Daria Durgina

FolhaPress

23/08/2022 12h23

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou nesta terça-feira (23) que não haverá nenhuma piedade para os assassinos de Daria Durgina, filha do ideólogo nacionalista pró-Kremlin Alexander Dugin, morta em uma explosão de um carro no fim de semana.

“Foi um crime bárbaro para o qual não pode haver perdão (…) Não pode haver piedade para os organizadores, os patrocinadores e os executores”, disse Lavrov em uma entrevista coletiva.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia acusa o serviço secreto ucraniano de manipular o carro. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22), Moscou diz que o atentado foi planejado por Kiev e executado por uma ucraniana identificada como Natalia Pavlovna Vovk, de 43 anos. A Ucrânia nega envolvimento.

“Ela morreu pelo povo, pela Rússia, no front. O front é aqui”, afirmou Dugin no início do funeral da filha, realizado ontem.

IDEOLOGIA DO ‘GURU DE PUTIN’

O filósofo ultranacionalista Alexander Dugin e sua filha Daria Dugina, assassinada em um atentado no sábado (20), compartilhavam a mesma ideologia e gozavam de importante exposição midiática na Rússia, embora suas influências no Kremlin sejam alvo de debate.

Alexander Dugin, de 60 anos, ficou conhecido na Rússia nos anos 1990, no caos intelectual após o colapso do sistema comunista. Durante um tempo, esteve alinhado com o escritor Eduard Limonov, que defendia a existência de um partido de oposição “nacional-bolchevique”.

Teórico do neoeurasianismo, corrente de pensamento antiliberal que defende uma aliança entre Europa e Ásia liderada pela Rússia, Dugin é uma figura habitual de programas televisivos, reconhecível por sua longa barba que lhe confere um ar de profeta.

Embora muitos questionem essa afirmação, Dugin se gabou de ser uma espécie de guru ideológico do presidente russo, Vladimir Putin, que transmitiu suas condolências pessoais ao filósofo após a morte de Daria Dugina, de 29 anos, denunciada por Moscou como uma ação do serviço secreto ucraniano.

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