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Professora baleada por menino de 6 anos processa escola por inação

Em seguida, um terceiro professor relatou que outro aluno, chorando, disse que tinha visto a arma e havia sido ameaçado com ela

Geovanna Bispo

25/01/2023 18h22

Foto: Reprodução

A advogada de uma professora americana baleada por um aluno de seis anos anunciou, nesta quarta-feira (25), a abertura de um processo contra as autoridades escolares, acusadas de ignorar vários avisos sobre a ameaça.

A advogada Diane Toscano afirmou que os administradores da Escola Primária Richneck, na cidade de Newport News, Virgínia, foram avisados três vezes em 6 de janeiro por sua cliente, Abigail Zwerner, e outros professores de que o menino poderia ter uma arma e estava ameaçando outras pessoas.

Naquela manhã, Zwerner, de 25 anos, disse aos administradores da escola que o menino, que não foi identificado, havia ameaçado bater em outra criança. “Mas a administração da escola não se importou”, declarou Toscano.

Uma hora depois, outra professora relatou aos administradores que o menino aparentemente trouxe uma arma para a escola, que poderia estar em seu bolso.

Em seguida, um terceiro professor relatou que outro aluno, chorando, disse que tinha visto a arma e havia sido ameaçado com ela.

Ainda assim, nenhuma ação foi tomada e um funcionário da escola teve a permissão para revistar o menino negada. Um administrador disse que o menino “tinha bolsos pequenos” e o problema poderia ser ignorado até o fim do dia escolar.

“Quase uma hora depois”, Zwerner foi baleada “na frente dessas crianças horrorizadas”, relatou Toscano.

“Esta tragédia poderia ser totalmente evitada se os administradores escolares responsáveis pela segurança escolar tivessem feito o que tinham que fazer e agido quando cientes do perigo iminente”, acrescentou.

Zwerner sobreviveu a um tiro no peito e agora está se recuperando em casa, mas precisará passar por novas cirurgias.

O caso chocou grande parte do país por causa da idade do menino, que aparentemente encontrou a arma da mãe em um armário.

Os pais do menino emitiram um comunicado na semana passada elogiando Zwerner e dizendo que a arma encontrava-se em um local seguro.

Eles disseram que o menino sofre de “uma deficiência aguda” e estava sob um plano especial de assistência escolar que geralmente envolvia um membro da família acompanhando-o à escola e às aulas. “A semana do disparo foi a primeira semana em que não estávamos na aula com ele”, afirmaram.

Devido à sua idade, é improvável que a criança seja acusada. No entanto, seus pais podem enfrentar acusações por permitir que o menino tivesse acesso a uma arma.

© Agence France-Presse

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